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Nada tem razão de ser

 
Tags:  amizade    liberdade  
 
Dissecaram-se os vocábulos
dos versos versejados
em poemas estilhaçados
nos horizontes adulterados

Segmentado divaga
na alameda das linhas
da mudez das vogais
á fadiga das consoante

Perdem-se os sabores reais
no papel desalinhado
pelas mãos escarnecidas
na brisa do tempo temporal

Nada tem razão de ser
se a poesia não renascer
se as vogais e as consoantes
não partilharem ditongos
em vocábulos revividas
em versos libertos
na liberdade de modelar
as palavras universais

Escrito a 4/08/09

http://pedacosdaalma.blogspot.com/
http://saboreamo-nos.blogspot.com/
http://aromas-da-vida.blogspot.pt/


 
Autor
Liliana Jardim
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/08/2009 22:15  Atualizado: 18/08/2009 22:18
 Re: Nada tem razão de ser
A poesia não pode ser castrada. Nada pode ou deve impedir a liberdade de fazer voar cada silaba mesmo em linhas quebradas! Tudo tem razão de ser vindo de dentro e do fundo da Alma.
Muito bom como sempre!

Beijo azul...Sempre!

Enviado por Tópico
eduardas
Publicado: 18/08/2009 22:22  Atualizado: 18/08/2009 22:22
Colaborador
Usuário desde: 19/10/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3731
 Re: Nada tem razão de ser
Liliana,

Este grande poema fez-me lembrar Ary, quando num dos seus poemas escreveu...poeta castrado Não!

A poesia será universal com poetas como tu.

Parabéns e obrigada por este momentos.

Eduarda

Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 18/08/2009 22:45  Atualizado: 18/08/2009 22:45
Usuário desde: 28/07/2009
Localidade:
Mensagens: 10488
 Re: Nada tem razão de ser
Os poetas saberão sempre rasgar caminhos.
Nem que tenham que remar, remar...rimar
Para encontrar seu lugar.
E soltar as palavras.

Um beijo
rosa

Enviado por Tópico
(re)velata
Publicado: 19/08/2009 21:04  Atualizado: 19/08/2009 21:04
Membro de honra
Usuário desde: 23/02/2009
Localidade: Lagos
Mensagens: 2214
 Re: Nada tem razão de ser
Gostei muito do teu poema, em especial da última estrofe, que é um retrato da originalidade poética: «modelar/as palavras universais», (re)criar a linguagem a partir do que existe.

Parabéns!

Beijinho

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