Poemas, frases e mensagens de CHAGASFERREIRA

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de CHAGASFERREIRA

Sou Capitão da Res Rem do Exército Brasileiro, sempre escrevi poesias. Com mais tempo disponível, escrevo artigos de interesse da vida nacional. Não tenho nenhum tipo de filiação política, sou apenas um brasileiro que torce pelo desenvolvimento do Brasil.

TRAVESSIA

 
Uma luz surge de uma grande e Divina explosão.
O mar revolto de desafios medonhos
conduz navios possessos. Diversos sonhos
protagonizam viagens infindas, confusão.

Estradas esguias, rotas escuras, provisão
raquítica. Mundos nefastos, enfadonhos,
calejados. Pensamentos chucros, tristonhos.
Clarão negro envolto em dúvida em profusão.

Destinos tortuosos assombram o silêncio
turbulento de psiques inquietas, insanas;
maledicências despudoradas. Suplicio.

Feixes luminosos de esperança, profecia
calmante e silente para vidas humanas.
Que Deus proteja nossa breve travessia.

E NOSSA TRAVESSIA PELA VIDA.
 
TRAVESSIA

LÁGRIMA SEM LÁGRIMA

 
O sertanejo levanta as mãos calejadas
ao horizonte infindo, no seu olhar o reflexo
de uma luz fria, desesperada, com rajadas
de assombros, de temor. Momento complexo.
 
Roga a Deus orações comedidas, engajadas
de alentos, de desejos simples, desconexo
com riqueza, com sofisticação, alijadas
de arrogância. Ora: estático, só, perplexo.
 
A paisagem cruel, tórrida e castigante,
potencializa a aflição, destitui a confiança,
arrebenta a fé, provoca dor instigante.
 
Paradoxo a tudo isso vem a matéria prima
da vida: a Fortaleza Divina, a pujança;
mesmo que derrame lágrima sem lágrima.

Fortaleza,CE, 21 de novembro de 2015.

SONETO RETRATANDO O CENÁRIO DE SECA QUE VIVE O NORDESTE BRASILEIRO.
 
LÁGRIMA SEM LÁGRIMA

ARROGÂNCIA

 
“O somatório da: arrogância, soberba e presunção, inviabiliza efetivamente o exercício da humildade, do perdão e da misericórdia”.
 
ARROGÂNCIA

DESCALÇO

 
Sem o calço para calçar os pés-descalço,
sinto o ardor do fogo queimando a soleira
que calça nossa vida: pendular, em falso
movimento; agonia bulida, sorrateira.

Os sapatos apertam nosso existir, percalço
amargo, forjado na trágica fogueira,
não servem na forma disforme, vil, encalço
trivial da peleja mundana,cegueira.

Os Calços Sagrados surgem magistralmente
com uma força inexpugnável, sã, vigorosa;
protegem todos os pés vivos, gentilmente.

As flores perfumam nossos sonhos: infindo,
combustível viril, essência rigorosa
da felicidade, mesmo sem calço, lindo.

MAIS UM SONETO ALEXANDRINO
 
DESCALÇO

O QUE SOMOS?

 
Deus na sua infinita sabedoria, glória,
misericórdia e poder, nos criou semelhante
à sua imagem, nos deu: luz, amor, mente brilhante,
capacidade para procriar, fé, vitória.

Paradoxal: somos ingratos, corolário
puro de arrogância, desdém, desconfiante
de seu existir, lastro vigoroso, repugnante;
de repente: apaga-se, morre a chama, necrotério.

Bíblico: Jardim do Éden, Adão e Eva, mistério, crença.
Ciência: grande explosão, cosmo, sapiência.
Seleção Natural: evolução, renascença.

Sofremos dilemas constantes: o que somos?
Um vale eterno de dúvidas, resplandecência.
Somos só vinte e três pares de cromossomos.

O QUE REALMENTE SOMOS NO CONTEXTO DA HUMANIDADE?
 
O QUE SOMOS?

VIDA INDÔMITA

 
O sopro do Criador na direção gigante
do universo colossal, sacudiu bastidores
do cosmos, anunciando novos moradores
da aldeia infinita, cintilante, brilhante.

Versões diversas disputam ofegantes
a origem da vida: a ciência e seus defensores;
a religião em busca de seguidores;
outros aproveitadores; todos vigilantes.

Recebemos a luz divina, pura existência;
sôfrega, difícil, dura, sofrida, injusta;
garantindo ao homem forte resiliência.

Dócil, linda, formosa, viril, vigorosa;
lutamos eternamente pela vida augusta,
indômita; que Deus nos cede vitoriosa.

SEMPRE DEVEMOS AGRADECER A DEUS O DOM DA VIDA.
 
VIDA INDÔMITA

TROCADILHO: MINHA PAZ!!!

 
A minha paz é a tua paz ou a tua paz é a minha paz?
A vossa paz é a nossa paz ou a nossa paz é a vossa paz?
Por que falamos tanto de paz se praticamos tanta guerra?
Se tanta guerra é feita é porque não temos paz?
Ao orarmos pela paz por que não temos paz em oração?
Ao pedirmos pela paz por que não cultuamos a paz?
Se a paz é o objetivo por que o objetivo não é a paz?
A paz talvez não se constitua na paz que queremos.
Temerosos e inebriados pela paz que não conhecemos, busquemos a paz que desejamos, mormente sem paz.
Suscito dúvida, cadê a paz, existe paz?
A dúvida rigorosa da existência da paz provoca o dilema da lida humana, quero paz, mas não busco a paz!
Ô papo chato este de paz, mas a chatice do conflito devastador me diz: “eu quero paz”.
Assim como o “Eu” que busca essa paz massacra o “Nós” que aniquila a paz almejada.
A minha ausência de paz busca a tua presença de paz.
A paz que persigo é uma caricatura da paz que perseveramos, como estou confuso? Acho que já não sei o que é paz e confundo os outros com esse papo redondo, pois não estabeleci começo e nem cheguei ao fim.
Mas, vigoroso de esperança tenho a paz divina, verdadeira paz, indubitável, buscada a cada momento da vida, por meio da oração e do perdão, obrigado meu DEUS, Eterno e Dadivoso pela minha paz.!!!

BUSQUEMOS SEMPRE A PAZ VERDADEIRA!!!!!
 
TROCADILHO: MINHA PAZ!!!

DEUS: ESPÍRITO INFINITO DE LUZ

 
I
O gigantismo do universo pulsa
forte nos corações esplendidos,
enternecidos, chorosos, vividos.
A admiração pelo colosso causa
arrepios, calafrios, vida; expulsa
todo sentimento vil, vícios meus,
negativos, transformados, apogeus
de assombros, de êxtase, de desejo.
Na simplicidade das coisas vejo
o esplendor da vida, enxergo Deus.

II

O ser humano, míope, se reclusa
no casulo da arrogância, ungido
no óleo da cegueira, vive perdido,
digladiado dentro da grande eclusa.
Ingrato na essência, rude, recusa
o reconhecimento, elege seus
egos, seus entendimentos ateus
como marca, como luta, pelejo.
Na simplicidade das coisas vejo
o esplendor da vida, enxergo Deus.

III

O sono inocente, o belo da musa,
o murmúrio do córrego rápido
na direção do infinito, comprido
e astuto, a sofreguidão confusa
da psique, a hediondez da medusa,
o antigo galante dos europeus,
a harmonia dos malabares, Pigmeus
Gigantes, a leveza do velejo.
Na simplicidade das coisas vejo
o esplendor da vida, enxergo Deus.

O poema na realidade trata-se de um Martelo Agalopado.
 
DEUS: ESPÍRITO INFINITO DE LUZ

A VIDA

 
“A vida é um volumoso e misterioso livro editado várias vezes, sendo que a cada edição sofre transformações e avanços na direção das páginas finais, a morte”.
 
A VIDA

TRIBUTO AO NORDESTE BRASILEIRO

 
I

Vou retratar meu Nordeste querido,
por de mais enaltecido, trovadores,
poetas e escritores são lutadores
de versos rimados, tão preferido,
metrificado. De Lampião ferido
pela volante a Gonzagão festeiro,
não faltam rimas nem duelo tropeiro,
viajarei por este torrão varonil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

II

Começo pelo Maranhão florido,
terra do babaçu e seus quebradores,
homens e mulheres, ágeis lavradores
dos alagadiços de arroz; do alarido
das marrecas na vazante; tórrido
entardecer, anoitecer corriqueiro,
torrão de Gonçalves Dias, brasileiro
ilustre, poeta da gema, homem juvenil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

III

Chego ao Piauí: terra quente, sofrido
povo, possui muitos admiradores,
gente brava, felizes lutadores;
tem: bode espichado, cajuína, aquecido
no tacho o doce de caju, aparecido
na fama, Torquato Neto, arqueiro
da poesia. Minha Teresina, ordeiro
lugar, cidade verde, cara infantil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

IV

No Ceará, temos o mar colorido,
ora azul, ora reluzente, verdes mares,
trilha dos holandeses invasores.
A seca feroz torna dolorido
o existir, mas a fé, alimento são, fornido,
garantido pelo Santo Padroeiro
não deixa fraquejar. Canta o violeiro
Iracema, de José de Alencar, tão gentil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

V

No Rio Grande do Norte o enxerido
das dunas garante a alegria, tratores
de pés, encantados, são os bastidores
sadios do lugar. Cajueiro comprido,
tido como o maior do mundo. Movido
pela velocidade existe a barreira
do inferno. Natal, tom hospitaleiro
de cidade, sol o ano inteiro. Abril.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

VI

A secura: assola, castiga; árido
terreno, desembarco com motores
ligados, estou na Paraíba, amores
picantes, Campina Grande, corrido
São João, o maior do mundo, garantido
por quem já foi. Extremo derradeiro
do Brasil, Ponta Seixas, verdadeiro
oriente. João Pessoa, bela e servil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

VII

Frevo; Maracatu; ritmo querido,
bonecos gigantes de Olinda, atores
do imaginário popular, retratores
fieis da cultura. Ufa! Esbaforido,
pouso em Pernambuco, povo aguerrido,
sotaque avechado, tiro certeiro
na arte, Mestre Vitalino, primeiro
no ofício de esculturar o barro. Gênio.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

VIII

“Ligerim” cruzo a fronteira, nutrido
de exuberância, fartura e bons valores,
peço estada nas Alagoas, há rumores
de rica história, mulher e marido
ariscos, praias belíssimas, provido
de munição, cangaço justiceiro,
terra dos Marechais; Maceió, terreiro
de progresso, cana de Açúcar; fértil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

IX

Escorregando de “mansim”, aturdido
e feliz estou em Sergipe, dores
da alma clamam aos desenvolvedores
do progresso, encontro óleo perdido
na rica costa, fato percebido
por seu povo; petróleo; marinheiro
disputado, cobiçado, é dinheiro
só. Praia do Saco: linda vista, sutil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

X

Quase sem adjetivos, escondido
na minha alma busco nos trovadores
as rimas do fim, pros historiadores
tudo começou lá; Bahia: ouvido
gigante da música, axé vivido
por muitos; artistas, fé, barqueiro,
povo feliz. Salvador: tabuleiro
de níveis. Pelourinho: mor mercantil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

XI

Viajei milhares de km, tão corrido,
falei de um povo; grandes sonhadores,
imaginário fértil, desbravadores
da aridez, lídimos guerreiros; fundido
no mais nobre metal, rijo, surgido
da força inexpugnável da crença, obreiro
gigante; isso é o Nordeste, verdadeiro
embrião desta nação, torrão varonil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

XII

Cinco são as regiões. Constituído
pelos portugueses, descobridores
magníficos, grandes mantenedores
deste chão. Quem imagina dividido
esta Pátria, talvez vive perdido,
ausente de saber, débil, goleiro
da ignorância, cultiva o desespero.
Lutemos então pela união do Brasil.
Nordeste brasileiro: berço viril,
celeiro de luz, terra do vaqueiro.

FIZ ESTE MARTELO AGALOPADO EM HOMENAGEM AO MEU NORDESTE.
 
TRIBUTO AO NORDESTE BRASILEIRO

MEDO

 
"Na minha vida eu tenho medo da: audição curta; visão míope; boca profana; psique corrompida e alimentada por desejos toscos; e, sudorese noturna. Da vida dos outros: somente a dissimulação".

COMO LIDAMOS COM NOSSOS MEDOS?
 
MEDO

BRASIL: UM CONCERTO DESARRANJADO DE DESESPERANÇOSO CONSERTO

 
Diz-se em forma de ditado popular que “a esperança é a última que morre”, no entanto, está cada vez mais difícil de acreditar e de ter esperança que o nosso país tenha uma solução para todas as coisas erradas que acontecem por aqui.

Ao sentarmos diante da televisão para vermos um noticiário, ao lermos um jornal ou uma revista, ao final dessas tarefas simples e cotidianas, a sensação que sentimos é de enjoo, de náusea, de profunda decepção para com os destinos do país geridos por nossos gestores atuais, causando-nos uma descrença imensa e constatando uma curva descendente na parábola de moralidade e de confiança nas instituições de nosso querido Brasil.

A malversação do dinheiro público, por meio de atos e fatos administrativos praticados com cavalares doses de corrupção, seja por meio do agente público ativo ou passivo, seja pela concussão, seja pela falta de vergonha na cara, culminada e garantida pela impunidade, se constitui na novela preferida difundida em todos os meios de comunicação em todos os horários.

Vemos ainda notícias: de brasileiros e de brasileiras morrendo em filas de hospitais, à míngua; de brasileiros e de brasileiras estudando em condições lastimáveis; de brasileiros e de brasileiras se deslocando nas grandes cidades do país feito sardinha em lata, pois, o transporte público é caótico, afinal gestor público não anda de ônibus ou de trem; de brasileiros e de brasileiras sendo assaltados e às vezes assassinados por bandidos, seja no seu ir e vir ou o que é pior, em sua própria casa; sem que haja uma ação de contra ataque efetivo do Estado com o intuito de coibir e de prender esses desocupados e malfeitores.

Sobram-nos alguns questionamentos: onde andam os “maestros” e “regentes” desse Concerto chamado Brasil? Em tese quem seriam esses “maestros”? Será o que sentem esses “maestros” quando veem os fatos narrados no parágrafo acima do presente artigo? E nós músicos (povo) dessa orquestra chamada “Brasil” o que estamos fazendo para mudar esse quadro?

Comecemos, pois, pelos poderes instituídos e constituídos de nossa República Federativa:

Legislativo – missão precípua: legislar em causa do povo, e o que vemos? Um verdadeiro antro de homens e mulheres que se misturam e se lambuzam com uma lama fétida chamada CORRUPÇÃO e uma defesa veemente de interesses voltados para eles próprios, onde consomem orçamentos bilionários para não fazerem nada, ou melhor, legislarem em causa própria;

Executivo – missão constitucional: administrar os bens, patrimônios e dinheiros públicos, no entanto, constituem-se numa horda de homens e de mulheres especializados em assaltar os cofres públicos, com objetivos claros de se locupletarem, de enriquecerem ao término de seus mandatos, transformando, pois, o nosso Brasil em lídimo valhacouto de marginais de toda espécie.

Judiciário – missão: mediar, arbitrar e julgar os conflitos e confusões judiciais, no entanto o que presenciamos? Um verdadeiro emaranhado de leis e mais leis que perpetuam recursos e mais recursos que contribuem muita das vezes em desestímulo para o cidadão, que culminam com a morosidade conhecida do Judiciário, sem contar com a triste e conhecida blindagem, característica desse Poder, além de doses altíssimas de corrupção.

Com relação aos nossos “maestros” eleitos por nós mesmos: estão por aí, se esgueirando no “não sabia”, no “não vi”, “já recebi o relatório pronto”, enfim, se tornando doutores em camuflagem, em dissimulação, em enganação, e protagonizando cada vez mais e mais filmes ultrajantes, lastimáveis, desprovidos de mínima dose moral, de respeito a essas que seriam autoridades, onde, não consigo visualizar como seria a imagem desses bandidos travestidos de políticos, de administradores públicos dormindo, por exemplo, sendo responsabilizados cotidianamente por mazelas e infortúnios do povo brasileiro, além de uma escassez assombrosa de líderes e de pessoas com índole para exercerem cargos de gestão dos recursos públicos.

E o que falar dos músicos dessa Grande Orquestra? Nós, o povo, estamos encurralados, espremidos e oprimidos pelo grande sistema reinante, no entanto, nós só temos uma única saída, fazer valer o poder que temos insculpido em nossa Carta Social nos Artigos 14 e 61, regulamentado pela Lei 9709/98, chamado de “voto”, e numa escala mais acentuada de exercício de poder temos o “Projeto de Lei de Iniciativa Popular” que tem como exemplo recente: a Lei da Ficha Limpa.

Finalizando, pois, temos sim um fio de esperança, o uso desse Instrumento Constitucional só depende de uma mudança radical de “ATITUDE”, onde paremos de reclamar: que temos maus políticos, mas não agimos para extirpá-los; que temos cidades sujas, mas não paramos de jogar lixo na rua, de fora dos carros; que temos uma educação péssima, mas na hora de comparecer à reunião de Pais e Mestres, arrumamos as desculpas mais variadas possíveis. Enfim, enquanto não nos conscientizarmos de que temos que mudar, o nosso futuro estará sempre comprometido com o nosso presente, pois, a mesmice gera essa resiliência acochambrada e viciada, gera um gráfico de uma função constante e, melancolicamente vamos continuar presenciando e assistindo sempre ao mesmo Concerto: horrendo, triste e desafinado, chamado Brasil.

Escrevi este artigo originalmente no ano passado antes do pleito eleitoral, mas, hoje, quase um ano depois vejo que o cenário é o mesmo: desesperador, triste, patético e de horizonte sombrio.

originalmente escrevi este artigo na data acima, mais de uno depois, em função dos últimos acontecimentos, tristes, horrendos, percebo que nada mudou, perdão mudou sim, talvez o modo operador das falcatruas, triste, para o nosso país, vermos o nosso maestro ou maestra, cada vez mais perdida, combalida e no centro da rosa dos ventos, ou seja, na sabe a direção que seguir, hum! Talvez até saiba, a direção do pernicioso, do ludibriante, do engodo. Lamentável meu querido e amado Brasil.
 
BRASIL: UM CONCERTO DESARRANJADO DE DESESPERANÇOSO CONSERTO

RAZÃO

 
“Sem a presença da razão nossas percepções são possessivas e egoístas”.
 
RAZÃO

CORRUPÇÃO

 
"A corrupção é o vigésimo quarto par de cromossomos da espécie humana".

Descreve o quadro político e administrativo do país.
 
CORRUPÇÃO

FRAÇÃO GERATRIZ

 
O nosso cotidiano, caracterizado por ações e fatos vividos por nós habitantes orbitantes desta aldeia global chamada terra, tão atomísticamente dividido em função de nossas atividades, principalmente temporal, não nos imune de algumas regras basilares, incluindo aí as matemáticas, do tipo as famosas e inconvenientes divisões que têm como quocientes sequenciais numéricos do tipo: 0, 307692307692… (Período: 307692), ou ainda; 0, 833333 … (Período: 3 ; parte não periódica: 8).

O inconveniente dessas divisões traduz dissabores múltiplos: quem ficou com a maior parte? Todo mundo recebeu o mesmo valor, a mesma quantia? Disseminando, inclusive, a sensação de desconfiança e quebra inconteste da labuta sadia entre os entes envolvidos no processo.

O desafio apresentado pela sequência de números, às vezes ininteligíveis, traduz entendimentos conturbados da essência, da raiz, do nascedouro das razões e, que de forma displicente pode produzir consequências terríveis e devastadoras para todos os participantes do corrido dia-a-dia mundano.

A matemática, na condição de ciência mãe, dirime todas essas dúvidas apresentando formas e fórmulas capazes de resolver os imbróglios outrora relatados e, de quebra garante que a anomalia verificada é possível de ser explicada e traduzida em resultados justos e dentro do entendimento numérico desejado.

A busca numérica e exata do valor quando nos deparamos com uma dízima periódica seja ela simples ou composta, consiste em se determinar a sua fração geratriz determinando-se assim a mensuração do significado escalar da grandeza de momento considerada.

Transportando toda a linha de raciocínio até aqui desenvolvida, baseada essencialmente na lide numérica para o cotidiano do país, vivenciamos várias e várias atrocidades; trágicos e lamentáveis episódios classificados como: degradantes, ultrajantes e lastimáveis; protagonizados principalmente por nossos políticos que, ao se elegerem transformam-se em administradores, gestores públicos, incontestavelmente, contudo, o resultado dessa gestão traduz-se na vergonha e na inconveniência administrativa testemunhada por todos nós, cidadãos de bem e inquestionáveis em toda e qualquer linha de pensamento inicial.

O momento atual se reveste de questionamentos de toda ordem: será que os nossos políticos dormem? Será que todo político compactua o processo vigente de campanha eleitoral? Será que para ser político considera-se como condição “sine qua non” a perda da vergonha, do brio, da honradez e da honestidade? Será que todo gestor público tem que se corromper e ser corruptor? E tantas outras inquirições que certamente caberiam e encheriam diversos outros parágrafos deste artigo.

Sensações calorosas e tempestuosas advêm das dízimas: “Prefeito juntamente com seu Secretário Municipal de Educação desviam recursos da merenda escolar”, ou, “Governador em conchavo com o seu Secretário de Saúde superfaturaram aquisições de remédios, sendo que a maioria estava vencida”; acabou o repertório? Não, que tal: “O Presidente da República desviou bilhões de reais do orçamento federal”.

Na busca por uma resolução simplória para as dízimas acima relatadas encontramos um conjunto de frações geratrizes trágicas, frágeis, que incluem uma argumentação sádica e amoral do naipe: “eu não sabia”; “o relatório estava pronto”; “eu só assinei”; “o meu assessor reponde por seus atos e não pelos meus”; e, arquitetonicamente sincronizadas com doutos do direito, que ávidos por estratégias de defesa dos interesses da trupe, formalizam peças e mais peças, cada vez mais robustas e potencializadas pelas brechas institucionais, produzidas pelo conjunto de leis que normatizam a peleja jurídica.

Sistematicamente, incrementado a todo o processo, encontramos em um dos termos da fração um denominador comum chamado corrupção; entranhado, entrincheirado, emoldurado, farejado e, incondicionalmente degustados por ratos e ratazanas ocupantes dos mais diversos e importantes cargos, no âmbito dos três poderes e esferas constituídos e instituídos da república.

De resto, ainda temos frações anômalas do tipo: os chefes dos poderes constituídos e garantidos pela nossa constituição possuem nos seus termos: tanto numerador como denominador distorções toscas e rudes; desvios robustos de condutas, a priori imorais, materializados por diversos processos judiciais nas mais variadas instâncias, onde, preponderantemente nunca se questionam a prática do crime perpetrado por eles, mas sim, os meandros de como dissimulá-los, de como camuflá-los, de como torná-los inverossímeis ante aos olhos e ouvidos do povo, deturpando todo o processo de apuração e julgamento dos fatos.

Concluindo, pois, presenciamos uma busca incessante da resolução dos problemas do nosso país, partindo sempre do seu resultado, da sua consequência, e nunca de sua fração geratriz, da sua raiz, promovendo uma engenharia nefasta, uma constante fragilidade de propósitos, de atitudes e de posturas, tendo como genetriz a corrupção, o descalabro e a falta proeminente da vergonha na cara, promovendo-se assim um grande e imensurável desserviço ao povo brasileiro.

Por fim, esse mesmo gentílico, vivifica tempos de encurralamento em situações incontáveis de adversidade, onde tende: a padecer, a sucumbir, a se enfraquecer; e, como epílogo: se desesperar ante a tudo e a todos e o que é pior; como resultado dessa fração geratriz desastrosa, o povo encabresta-se, decepciona-se; imerge na inapetência e na falta de resiliência, tornando-se presa fácil para a horda insaciável e garantindo-lhes um confortável, verdadeiro e legítimo valhacouto.

LAMENTÁVEL O MOMENTO POLÍTICO QUE VIVEMOS, LASTIMÁVEL.
 
FRAÇÃO GERATRIZ

DOENÇAS DO ESPÍRITO

 
“As doenças do espírito são manifestadas pela mente humana por meio da: inveja, intolerância, arrogância e pequenez das ações”.

CUIDEMOS DAS NOSSAS DOENÇAS DO ESPÍRITO.
 
DOENÇAS DO ESPÍRITO

AMOR MATERNO

 
Sem limites, total;
mãe: maravilha, amor, poema
doce; puro, vital.

AMOR INFINITO DE MÃE.
 
AMOR MATERNO

ARREPIOS DA ALMA

 
Oh! Deus! Sinto o cheiro da relva; ouço a música silente
embalando os tímpanos da escuridão das trevas luminosas
da existência turbulenta da alma. Escuto o tilintar valente
dos sinos imersos nas calmarias indefinidas e pecaminosas.

Oh! Deus! Observo a pintura da biografia pincelada do ente
maltrapilho e rude, na moldura disforme, descorada, sinuosa,
dependurada na parede revolta do casario do inconsequente
da mente descompensada, desvairada, trivial e desvirtuosa.

Oh! Deus! Apalpo a rigidez da indecisão sentindo o aroma
alquebrado do desconhecido, percebendo no negrume
da poeira compacta do universo, mansidão, calma.

Oh! Deus! Curvo-me diante da luz generosa de Seu Axioma
Misericordioso, que me perdoe meu intermitente queixume,
que absolva essa psique por esses delírios e arrepios da alma.

Um soneto "SIMBOLISTA".
 
ARREPIOS DA ALMA

POESIA

 
"A poesia é o exercício perene da alma".
 
POESIA

CHEIRO DE LUZ

 
Enxergo o rufar dos tambores refletindo
a luz nas trevas claras da imensidão curva
do universo. Seguro firme na luz turva
que surge descolorada, só; desatino.

Sinto o cheiro das flores da floresta, vindo
trôpego, inodoro de lógica, contracurva
da tangente sinuosa, onde raízes, turba
infame, matam seus frutos. Vil destino.

Colho frutos disformes, bem sincronizados
com a sinfonia macabra, pobre, arranjos
distantes da partitura, incivilizados.

Acalmo-me, invade-me o acalanto, arcabuz
voltado para o inimigo, exército de anjos
destruindo o mau. Saboreio o cheiro de Luz.

GOSTO MUITO DO ESTILO LITERÁRIO SIMBOLISMO, NESTE SONETO RETRATO AS AGRURAS DO COTIDIANO, ONDE, INCLUSIVE, PAIS MATAM SEUS FILHOS.
 
CHEIRO DE LUZ