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Olhar Cego nº 34

 
[Este texto não pertence à Administração. Trata-se de uma colaboração de um Luso-Poeta, que participou de forma anónima no jogo "Olhar Cego". No final, revelaremos a sua identidade. Convidamos os utilizadores a pontuar e a comentar o texto à vontade, como fazem com qualquer outro.]

Soneto da noite

Segue a noite gélida silente...
Sempre quedada vislumbre tristonho
Uma saudade invade bem presente
Lembra-se de como tudo era sonho,

Sonho de uma menina que vivia
Da fantasia do seu imaginário
No seu castelo era princesa Lia
Quando despertava novo cenário

Tênue como borboleta estivesse
Nas nuvens viajava qual pudesse
A bailar a vivenciar no céu

Encontrar seu príncipe desejado
Na sua fábula abraçar o amado!
Montado num cavalo cor de mel

 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/09/2024 18:49  Atualizado: 30/09/2024 18:54
 Re: Olhar Cego nº 34
.


…Soneto da noite…( ao ler todo o poema, volto e escrevo é lindo, como um livro infantil em soneto, imagino que a noite é a preparo dos sonhos)

…Quando despertava novo cenário…( nesse momento pensei que a fantasia havia acabado)

…Encontrar seu príncipe desejado
Na sua fábula abraçar o amado!...( Apenas mudou o cenário mais a busca contínua por seu amado)

Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 30/09/2024 20:27  Atualizado: 30/09/2024 20:27
Membro de honra
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3802
 Re: Olhar Cego nº 34
A princesa Lia... um pequeno conto de fadas, cavaleiros e dragões, principes e princesas, reis e faunos...
O soneto, que foge à estrutura de rimas de um soneto (são poemas específicos, com regras, que convém sejam cumpridas - refiro-me à última estrofe), funciona aqui como uma janela que nos faz voltar atrás no tempo (ou ficar pelos filmes do Shreck) e mexer com o nosso imaginário.

Enviado por Tópico
Benjamin Pó
Publicado: 02/10/2024 13:59  Atualizado: 02/10/2024 15:41
Administrador
Usuário desde: 02/10/2021
Localidade:
Mensagens: 614
 Re: Olhar Cego nº 34
.
Tudo dito pelo Alemtagus e pela Maria.
Fiquei a pensar no nome da princesa. Talvez uma referência à leitura como recuperação desse universo infantil em que sonhávamos com borboletas, nuvens e amor.

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