Luso-Poemas
 
Poemas : 

inspiro

 
de janelas abertas vi,
sentado na relva
um estranho ser que me olhava.
olhei o chão- reparei no relevo,
na textura- não consegui ver para além das tábuas,
um triste sentimento a casa sente
quando se vê olhada de dentro.

não me olhes pois
não me observas a escrever,
inspiração à brava
descrever-me é morrer.





a minha mente foge sempre
mas quero fugir a ela antecipadamente..






descrever-me é morrer sem saber o que realmente foi dito, é sonhar pesadelos- deles sempre recordamos.
eu quero ser menos do que aquilo que penso, ser como uma paisagem que nos rouba o olhar, fechar os olhos e sentir na pele o ar fresco e, apesar de querer muito tocar, deixar ser tocada.
não quero ser amada, não quero ser carente, não quero ser odiada, não quero ser para além do nada.
mas que triste é, não acreditar no amor Porquê? porque o amor escrito é apenas uma palavra.
 
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SantosAlmeida
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Enviado por Tópico
Caopoeta
Publicado: 11/10/2009 13:58  Atualizado: 11/10/2009 13:58
Colaborador
Usuário desde: 12/07/2007
Localidade:
Mensagens: 1988
 Re: inspiro
deixo-te um exerto de Conrad:


“…respondi com qualquer coisa no coração que parecia um desespero e, de cabeça baixa, perante a fé que existia nela perante uma grande ilusão salvadora que cintilava como um sobrenatural clarão nas trevas…”


abraço.

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