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O coração,rubro...

 
Ao despertar e ver o coração de pelucia,aquele mesmo,rubro,que me dera.
Fiiquei sem ar...
Olhei ao relogio,o tempo havia passado,na noite havia um findar,mas não aqui,cá dentro.
O telefone não tocou, nenhuma mensagem chegou.
O coração,aquele mesmo rubro,parado,estatico, em letras brancas dizia:
Eu te amo
Ama mesmo?E o que mudara?
Por um momento desejei que este chão vida o qual piso a cada instante
Se tornasse areia,para que eu pudesse tornar aos tempos de outrora
Assim,agachado ao chão,com os dedos,iria desmanchando cada passo teu
Que aqui ficara,tirando os vestigios,as lembranças que um dia fui feliz
Tentar esquecer que enquanto ao teu lado caminhava parecia estar junto ao mar
Diferentemente de hoje que sem ti,pareço padecer em meio a um deserto
Ao amar tudo passa tão rápido,hoje o tempo parece parar,ás lagrimas brotam de uma fonte sem fim,a voz é trocada por um suspiro,um soluço,um silêncio.
Não há mais o que dizer,tão pouco um ato poderia mudar os caminhos.
O tempo é implacável e nos passos da tristeza sempre há uma estuga para chegar.
Fiquei sem ar...
Chegar onde?Não a fim no abismo?
Ao despertar e ver o coração,aquele mesmo rubro que me dera,que até então parecia ter vida,que batia em prol de um sentido que se eternizava em meu desejo,fiquei sem ar...
O tempo passou?A noite findou?Aqui?
Os dedos não falaram,o telefone não tocou.
Restara o coração,aquele mesmo,rubro,parado,estatico,em letras brancas ainda dizia:
Eu te amo...
Ama mesmo?
Eu despertei?



"Morremos gestantes da ansiedade que nada espera."

 
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Junior A.
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