Prosas Poéticas : 

Angel

 
Todos os confusos dias
enterro uma calcinha da
minha coleção e vou para guerra
encarar sebosos cabos num quarto
apertado, alugado, dominado pelas baratas e
o cheiro irritante de mofo.
Prendo a respiração alternadamente na hora do
ato, pois tem uns lixos humanos que desconhcem
o creme dental e que amam o trago.
Na prece eu peço para que explodam
rapidamente e que não caia nenhuma gota podre
sequer na minha carne morena e pecaminosa.

Meu nome de guerra: Angel.

 
Autor
Rondnei
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