Poderá a guerra satisfazer
sem danificar o homem?
O sangue, lama invisível
todavia perceptível,
um piano que salta a cada bater do coração
é aqui sempre o lugar do sol inferno,
neve que queima a língua materna
estamos aqui, mãos nos olhos e, de boca fechada
escutamos o silencioso apaziguar
do pós-guerra.
Noutro lugar, outra língua materna
sofre os mesmos danos, as mesmas cuspidelas,
uma árvore torcida, uma maçã caída.
respiram? dizem que sim..
a minha mente foge sempre
mas quero fugir a ela antecipadamente..