Ás cegas

O cheiro das palavras Amiga é fundamental para se ler e escrever.
Ultimamente tenho aprendido muito por este Luso, percebi que partir as palavras é fundamental.
As nossas palavras muitas vezes andam fugidas (talvez com medo do homem que as deixa sair), dizer-lhes que é no nosso interior que estão seguras é fundamental.
Quem não consegue segurar as palavras que muitas vezes brandas acabam por magoar tanto como um punhal não é digno de escrever poesia de amor e luas translúcidas.
A “traslucidade” quer dizer limpidez, que deixa passar a luz por um corpo transparente. O que eu vejo muitas vezes é a tentativa constante de com a arte de escrever arranjar meios de amarrar a liberdade a vidas completamente amarradas.
A tolerância termina e assim partimos em busca de uma nova guarida e descobrimos que afinal esse lugar seguro está dentro de nós.
Partir as palavras, cheirá-las, espreme-las, é saber que sou novamente dono das minhas palavras, partem quando quero e recolho-as sempre que o homem que escreve entender que devem acolherem-se.
O “escriba”, esse não manda nas palavras.

Um beijo Amiga
Este comentário serve também para o que fizeste no meu poema.
Obrigado pela reflexão.
JLL

Resvalam contra a corrente, as palavras largadas ao abandono, mas mesmo "Às Cegas" conseguem-se versejar, longe dos olhares cativos e das lembranças secas que as fazem caminhar por entre veredas tristes.
Há sempre novas palavras que nos instigam a continuar, (agora de olhos abertos).

Gostei muito deste poema Saozinha. È na lucidez de algumas palavras (mesmo as mais desafiadoras) que se abrem novos caminhos novos rumos...

Bjs
Matilde D'Ônix

Ás cegas, construíste um lindíssimo poema, onde as emoções estão bem à vista!

Gostei!

Beijinhos

Gil

Pelo olfacto a fragmentatação das palavras em impulsos que vagueiam pelo mundo das letras.

Um bom poema minha amiga

Beijos

Mesmo partidas as palavras hão-de passar a sua mensagem...
Possa esta ser sempre válida e chegar a todos que a desejem.

Um abraçooo! Abílio,