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91

 

- alexis -

. façam de conta que eu não estive cá .

[e agora]


de agora pouco saber desses pássaros que te levaram durante as migrações, não sei se os reconhecerei na mudança de estação. de pouco saber de agora ter o peito assim fechado, hei-de manter nas mãos o coração para to dar se voltares. não me lembro para que lado do céu encostavas a cabeça, para que lado do vento choravas ou uivavas o inverno. de agora não me lembrar assim de ti como se dentro de mim tivesse um mundo preso, à espera de outro lembrar. de agora pouco saber, de agora pouco entender, de agora me perguntar: e agora, anoitecer.
 
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Margarete
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o não barulho.
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arma dura
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Poema incompreendido
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onde se lê esperança deve ler-se agonia: território banal, delimitado e sempre longe.
a primeira folha
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Enviado por Tópico
Moreno
Publicado: 20/01/2010 22:32  Atualizado: 20/01/2010 22:32
Colaborador
Usuário desde: 09/01/2009
Localidade:
Mensagens: 3482
 Re: 91
o anoitecer já se deu e o vento sopra leve ao luar que já se deitou em crescente...

beijo

Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 21/01/2010 00:13  Atualizado: 21/01/2010 00:13
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: 91 para mar
e agora?que te digo?sim,anoiteço e renasço até que a morte me venha buscar.a vida tem vindo,em noites e dias,uns cheios, outros vazios, e na memória... já havia um coração.esse que trago nas mãos e escondo com medo,mas nunca largo.a vida é uma puta bela.com ela luto.a ela amo, violentamente.com paixão.já a morte,o sossego total...não o anseio.not yet.demasiado definitivo para mim.anoiteço,sim.mas há sempre um sol que me nasce num horizonte improvável.

sabes aquele teu abraço?
abraçou a morte e a vida quando nos juntou.

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