tem um dia branco
da cor como pode ser a verdade
e um fumo d` erva-doce
que abra as pupilas.
carmim, roxo e outra vez
carmim e o branco ao fundo
depois de teres experimentado o peganhento
perfume da morte.
enternecida cor que se esvai na janela
natureza quase morta que nunca gostei
faz-me viver sem respostas
sem perguntas
sem cor
mesmo a mais mortal
enquanto o teu hálito a rum
tabaco “mata-ratos”
desenha todos os meus rostos:
o que fui
o que sou
o que serei.
frágil capricho chronos
inútil fechar d` olhos
estúpido quebrar do tempo.
olha-se o mostrador e o que se vê?
a luz invariável de um dia branco,
a desfazer-se, sem cor
ainda que seja em arco-íris de perdição.
" An ye harm none, do what ye will "