Poemas : 

Do sétimo andar

 
Para baixo não poderia mais,
A ela jamais chegou a ajuda ofertada.
Mas se fosse ficar,
Fechar o meu nome e precisar à esquerda.

Novamente sorriu para o sol que iria nascer naquele parque.
Escutou o céu ao reclamar junto com o esquecimento,
Para fazer você antes de acreditar nas faltas,
agora desprender das falhas,
Se fosse fazer fogueiras jamais chegaria,
Mas se era e acordasse?

Lembro quando chegava da escola e sorria na mesma visão,
Nunca entendeu presença imprecisa.
Perdida em pensamento o sol nasceu.
Surgiu brilhante sem o vermelho de doze horas antes

Na sua mente as idéias ao norte já partiam há dias,
Quando chorou cegou viva na noite aproximada,
Sempre que partia, para aquelas noites,
sabia o escuro, talvez não esvaísse mais.

E a noite, ao insistir em ficar e não dividir
desesperava os disparos já prontos.
O som também enlouquecia e o jogo continuava.

Às vezes sinto os pensamentos dela,
por muito assustaram sonhos.
Tímidos sob a noite escura e fria,
sem lua, sem estrelas, sem chuva, nem nada.


As cores só ficavam lá norte, onde só o corpo ainda não teria ido,
Tão logo sabia do vôo em salto,
Só precisa do por do sol vermelho como antes.
Só mais uma vez.

Cega há tempos, no lago, no parque, entre o rigor do sol,
a janela aberta, as buzinas, o cheiro mecânico do hall do elevador,
do sétimo andar, com um clarear vermelho, vivente, venoso,
as cores todas, a mente, sempre ao norte.


Fabiano Reis




 
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FabianoReis
 
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