Não tememos o que conhecemos, tememos o que conhecemos como terrível.

Sentados na varanda
       Ouvimos sons na estrada risonhos
       Indefinidos no passar da noite.
       Na manhã seguinte de nada sabíamos
       Talvez fosse alguém
       A visitar a família
       Indo pra casa
       Um jovem a visitar a namorada
       Todos passavam no caminho
       Olhavam a varanda dos Abelardo
       E nós olhávamos o invisível
       Permanecia o mistério.
       A velha casa foi tragada pelas chamas
       E noutra estrada nos posicionamos
       Nela ouvimos barulhos claros e audíveis
       Sabemos exatamente o que é...
             
       Outros caminhos se abrirão
       E permanecerão a passar pelo caminho
       Em sons claros e audíveis,
       Sabemos o que passou.
     
       Tudo é igual e sempre será...
       Uma coisa, no entanto, não.
       Não existe mais
       Aquele antigo
       Mistério.
28/02/2000 
                
        
             
    
    
 
 
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