Poemas -> Reflexão : 

DESABAFO

 
Envelhecendo vim descobrir,
Que me tornei transparente.
Ao andar na rua tanta gente
Ignora-me,
E para fugir do tranco,
Do esbarrão,
Tenho que me desviar...
Se dou bom dia, agradeço,
Digo obrigado, peço licença!
Ou por favor,
Sou olhado (quando sou!)!
Com espanto, quase horror,
Como se tivesse dito algo,
Inusitado!
Dando precedência a alguém,
Sendo educado,
Corro o risco de ser:
Trombado,
Empurrado,
Deslocado...
Por um “bezerro” apressado.
“O tio, o coroa, o vovô!”.
“Mais pra lá do que pra cá!”
Sou chamado ou referido,
Vingo-me, porém pensando,
Que no passado, poderia,
Pagando, ter.
Com a mãe deles
Fornicado!

Pedro Paulo da Gama Bentes






























































 
Autor
PedroPauloGamaBentes
 
Texto
Data
Leituras
1015
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
marcomagal
Publicado: 06/09/2006 01:07  Atualizado: 06/09/2006 01:07
Participativo
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade:
Mensagens: 16
 Re: AMORES
Gostei muito deste poema.
Mas não faz mal, estes pequenos tiranos, vão pagar mais cedo ou mais tarde.
E será cada vez pior o desrespeito.
Infelizmente para todos.