AUTO-RETRATO

Cara Avozita,
Assim julgo ser o poeta: uma ave de rapina sempre à procura de palavras.
Um beijo
Xavier Zarco

Cara Joanad'Arc,
O Bocage, depois o O'Neill, e agora o Zarco.
Acho que fiquei em muito boa linhagem.
Um beijo
Xavier Zarco

P.S.: Se o Bocage tiver alguma coisa a dizer, que apite.

Cara Sterea,
Pois!, pois!, embora a minha esposa me passe alguns raspanetes, sobretudo pela barba e cabelo; mãe é mãe, e palavra de mãe nunca se põe em dúvida (sobretudo quando nos dá jeito).
Obrigado pelo comentário.
Um beijo
Xavier Zarco

Cara Nanda,
É que a única coisa que o Pedro, enquanto indivíduo, e o Pedro, melhor: o Xavier, como autor, têm em comum é a cara. O resto só converge às vezes.
Um beijo
Xavier Zarco

Cara Alexis,
Com ou sem cotação em mercado, só por teres referido "cara linda", já entraste na cotação em coração... da minha mãe. E olha que é uma bolsa onde os valores são bem cuidados.
Um beijo
Xavier Zarco

Camarada Zico,
Grato pelo comentário e pela menção do lado caricatural, mesmo que entre aspas, do poema. Foi isso que quer o Bocage ou o O'Neill quiseram fazer e eu também. No fundo, esta do físico, do moral, do amor, e do instante, só podia mesmo ser por essa via.
Um abraço
Xavier Zarco

Cara Mim,
Quando um dos teus filhos escuta: lindo!; eles riem de orelha a orelha, isto é: a minha mãe diz a verdade.
No entanto, quando dizes: lindo!; mas ao teu marido, ele até pode rir de orelha a orelha, mas lá dentro sabe que vem aí coisa.
Pode ser a mesma palavra, vinda da mesma pessoa, mas outro é a condição.
Um beijo
Xavier Zarco

Camarada,
Gostei da leitura, isto porque foi mesmo essa a ideia ao nível do físico, dado que bem podia seguir a sequência de Bocage: azuis; neste caso: castanhos.
Um abraço
Xavier Zarco

P.S.: E obrigado pela futura epígrafe: "Eis o poeta que anda na berlinda"