Ai que saudade,
dessas sentimentalidadeds
Que fazem arder,
a fonte de toda inspiração que me sufoca
Ai que saudade,
daquele ar de juventude
Onde tudo é recém chegado
Onde a primavera tem cheiro de outono,
aquecendo como verão
E deixando as marcas do inverno
Ai que saudade,
daquelas tardes,onde tudo era lícito
mas nem tudo convinha
Onde o vento soprava suavemente
os nossos cabelos
E os murmúrios das pixaçôes
invadiam nossa alma
Nos tornando tão transgressores quanto elas
Ai que saudade,
Saudade essa que nem o tempo há de apagar
Saudades que vem e vão,mas nunca se apagarão
Que marcam como o último gole de vinho
Deixando aquele suave gosto de fruta mordida
Adormecida nas paredes da memória
Onde só restam os ais da saudade.
(Dedicado à E.M.Abrhão Jabour e a todos que estudaram comigo)