PROVÉRBIO

júlio jaz faz tempo. só espera quem lhe faça o epitáfio.

j.

os poetas, quando não suicidas, são assassinos em potencial. ou as duas coisas ao mesmo tempo. quando digo assassinos, digo assassinos de si mesmos. porque dentro de um poeta existe, antes de uma pessoa. e é essa pessoa que ele mata aos poucos, pelo simples prazer de matar. ao liquidar,então, essa pessoa que há dentro dele de vez, é que acontece o suicídio. e tudo fica definitivamente consumado.

beijo,

j.

aí o azar é duplo - da mãe e da filha. "criei essa menina com todo mimo, veja no que deu", diz a mãe. "poeta, as contas estão todas atrasadas", diz a filha. o poeta sorri e responde: "vê se gosta disso. acabei de escrever agora."

beijo,

j.

amigo domingos,

evidentemente que os "poetas" que matam poemas são em número bem maior.

abração,

j.