Poemas : 

DEVANEIO : João Nery

 
 
às vezes, um desvario insólito
absorve-me o pensamento
uma vontade incontrolável
derrama-se de minhas mãos

qualquer coisa inexplicável
inebriante como o arrebol
faz-me sentir a extensão
dos eus que vivem em mim

meu pensar inútil e inexato
conduz-me ao inacessível
num ponto eqüidistante
entre o real e o devaneio

face a face, olhos e sonhos
reconheço-me em todos
e numa indizível espiral
caminhamos submissos

na incerteza desconexa
dos nossos existires.




 
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JNery
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