VERÃO

É uma tarde de verão.
Estou na rede, ao ar livre
E me deixo levar pelo marasmo
E pela cantigga das cigarras que surgem
Por entre a rama do arvoredo
E dá ao por-do-sol esse tom roxo
De qaurta feira de cinzas...

Enquanto vej a vida
Sem olhar para o tempo,
Lá, na distância,
O campo parece tremer de calor...
E no silêncio desse mormaço,
Nada acontece, nenhum vento passa.

Só o meu cavalo báio,
Como um navio fantasma
Atravessa a solidão.