[como te escorrem as palavras]

Camarada,
Agradecendo o comentário, direi somente isto: é um poema e diz sobre poesia, duas entidades bem distintas.
Um abraço
Xavier Zarco

Cara Ana Coelho,
Era essa a intenção: o movimento do um para o múltiplo. Bem visto.
Um beijo
Xavier Zarco

Camarada Aquazulis,
Grato pelo comentário.
Quanto à metáforas, bom: gosto mais de lhes chamar de imagens, dado que as quero próximas da água, isto é: perceptíveis e cristalinas.
Um abraço
Xavier Zarco

Camarada Trabis,
E também o cabaré é sítio para o dizer, aliás, todos os sítios, sem excepção, são locais válidos para o dizer do poema. E que venha daí a moeda, que outros poemas carecem de ser ditos.
Um abraço
Xavier Zarco

Camarada,
Sem dúvida que a emoção ata e o cérebro desata. Como bem sabes, a minha escritura baseia-se num acto meramente cerebral. E a prova disso é que ontem (sábado, dia 31 de Julho) quando li o que escrevera na camioneta de regresso a Coimbra, pouco tem que ver com o que aqui foi colocado. Há um trabalho oficinal por trás que faz com que o poema o seja. E é sempre bom para o que escreve saber que conseguiu construir algo que é lido de forma próxima (ou não) ao que imaginou.
Um abraço
Xavier Zarco

Cara Vóny,
Agradeço o comentário. Um poema é um vestígio quase sempre de algo maior, de um corpo que se vai edificando. Este é o iniciador de um ciclo sobre a poesia vista poema a poema pelo poeta.
Um beijo
Xavier Zarco

Cara Conceição,
Agradeço o comentário, mas já me conheces o suficientemente bem para saberes que, como poeta, não como homem, claro!, humide não sou, antes sei (ou tenho essa mania) onde falho e onde acerto. O poeta só é dono do poema no instante da sua elaboração, quando este está na oficina a ser tratado. Após esse instante, o poeta é o que assiste, quando disso tem a sorte, ao que do poema se diz, para o bem e para o mal. Depois, só há que tirar as ilações, mas nessa fase o poeta já não é o do primeiro estado, isto é: o orgulhoso por ter feito o dito; antes se torna numa outra ave de rapina que rouba as ideias alheias, as de quem comenta, para que possa ser de novo o orgulhoso, o avaro que pretensamente julga que cria algo de tal forma inovador, sem reparar que afinal copia-se a si mesmo e ao outros, num movimento de colocar mais um tijolo na grande muralha da poesia. Uma coisa é certa: se o tijolo ficar bem, este não cai e essa cópia afinal teve algo que o fez ficar bem.
Um beijo
Xavier Zarco

Cara Avozita,
Sem dúvida que soltas, quanto ao sentidas, tal como um dia escreveu o Pessoa, sentir, sinta quem lê, e este é um dos tais que só o pode ser de facto, não no coração do poeta, mas do leitor.
Um beijo
Xavier Zarco