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mare

 
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. façam de conta que eu não estive cá .







ao abrir os olhos viu o mar embarrar numa nuvem mais baixa, um pouco mais à frente uma gaivota sobrevoa a linha do horizonte e um barco, pequeno, de casco amarelo, vai em direcção ao sol com um homem muito velho seguro por dois remos de água. subitamente fora o corpo arrastado para a frente, onde uma rocha travessa finta as ondas mais altas, uma planta verde-musgo bate-lhe no peito e afoga-se. uma corrente de água mais quente suga-lhe o corpo para dentro, a gaivota voa agora em círculos um pouco acima da sua cabeça e o barco de casco amarelo vem, devagar, na sua direcção. e é quando um cardume lhe pega no corpo e a leva para longe, a perder de vista.








 
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Margarete
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onde se lê esperança deve ler-se agonia: território banal, delimitado e sempre longe.
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/08/2010 19:46  Atualizado: 09/08/2010 19:46
 Re: mare
eu vi um barco de casco amarelo. estava a ser rebocado por dois golfinhos escoltados por um cardume – à sua frente. com os olhos na estrela polar uma estrela do mar - sabem-se à muitos anos. conhecem-se das noites onde o rumo é de norte para sul - onde estão todas as gaivotas que um dia souberam apanhar os ventos de feição.

beijo mar

sampaio(r)ego

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 10/08/2010 00:18  Atualizado: 10/08/2010 00:18
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: mare
Mar,

Sempre a mesma capacidade, sempre algo de novo, sempre mutíssimo valor naquilo que escreves.

Mas sempre!

Beijinho

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