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Mini-ensaio sobre mamas ao léu

 
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Estamos em pleno Verão, data que assinalo com um assunto o mais pertinente possível.
O calor nas rochas deixa um rasto de pensamento em crescendo e um clímax intuitivo que se arrasta. A paisagem é totalmente clara e por isso mesmo temos que perder um bloqueio moral, definitivamente, já antigo. Deitar por terra um detalhe enraizado, tradicional, da vida da espécie humana. Falo das mulheres taparem os seios na praia ou em locais de semelhante abrasamento, quando os homens não o fazem. Considero justo doravante passar-se a ver as mulheres com os seus peitos ao léu, digo, as suas mamas.

O peito humano é sinónimo de ternura, de aconchego e de salvação. Esta verdade tem séculos, através de imagens, de quadros, de testemunhos em livros, de ocorrências a poucos metros de distância, etc. Por conseguinte, se os homens se passeiam pela praia ou se lhes dá a opção de tirar a camisola por causa do calor, as mulheres também têm esse direito ou, simplesmente, essa opção. Se o vizinho vem regar as plantas do seu jardim em tronco nu e a pavonear-se todo, seria de nobre liberdade ver também a vizinha fazê-lo. E acredito que ela não se importaria de o fazer, dado o calor presente.

Não se trata aqui de uma parte genital nem tão-pouco pretendo colocar tudo no mesmo saco, mas sim a beleza e ternura de um peito humano que são questões que todos deverão entender e respeitar, não obstante, as mulheres sentir-se-iam mais frescas, com um melhor bronzeado e soltas na praia. Não é por elas próprias que, principalmente, não praticam topless, mas antes pela opinião contrária dos companheiros, pela carga de pudor social, da repressão fria, do jogo das moralidades, do incómodo dos mirones, dos parvos sem emenda e das pessoas pequenas em atitude e auto-estima.

Os homens andam pelas praias em tronco nu, logo são observados por qualquer pessoa. Haverá quem goste do que vê, de uns troncos nus, haverá quem goste de outros e haverá ainda quem não goste de nenhuns. Se as mulheres andarem pelas praias de igual forma, as reacções serão deste género, com certeza. Passar à fase das mulheres fazerem topless com liberdade, com o sentimento de um bem adquirido e respeito geral competirá, logicamente, a elas, não significando que esta explanação contribuirá para banalizar a parte do corpo em questão, mas antes para reforçar a sua beleza, a sua essência natural e integridade. Sejamos unos e honestos: um soutien ficará mal num homem, partindo a uma alternativa à questão, portanto despe-se o soutien à mulher, que ela bem gosta, e fica-se com um quadro de virtude com a Natureza.

É de tradição popular dizer-se que quem não está bem, põe-se ou muda-se. É já isto que faço, ou seja, eu simplesmente não frequento muito as praias para não visualizar abrupta e gratuitamente apenas corpos masculinos nesse detalhe de aceitação social de um tronco nu exposto. Quando os corpos femininos andarem em topless numa questão natural e aceitação social e enquanto aspecto da espécie humana de uma parte que irradia graça e carinho maternal, nesse momento passarei a frequentar mais vezes as praias, simplesmente por pressentir que estou num meio igualitário, libertino, de bem com tudo, hedonista e bonito, sejam quais forem as quantidades disto. Não quero referenciar o nudismo por completo, mas sim um equilíbrio justo do Homem que é um naturista.

Finalizando, deveras, quando um homem vai fazer depilação com cera quente, sente dor e puxões nos mamilos, os quais até podem ficar muito feridos, aquando de um mau serviço, deveras…
Assim sendo, não venham com a desculpa de que as mamocas boas de uma mulher são uma coisa diferente dos mamilos de um homem, pois a sensibilidade é equiparável, veio do mesmo armário e vai para o mesmo horizonte, que é o de poderem ser chupados.

Autoria: Mosath
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Mosath
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