flores nas campas

Gostei deste pensamento e gosto de pensar na morte como algo suave.
Por experiência própria, verto lágrimas pelos vivos que vou perdendo, aos mortos escrevo muitas vezes poemas.
Gosto imenso da tua escrita, da qual sou um seguidor atento.
Estás num caminho que nem é certo nem errado, é o teu, e isso faz a originalidade da tua obra, que a tens.
Um abraço.

defender a dor...conviver com ela,aceitá-la como parte da vida.mas sem ficar dormente.
...é um dos grandes desafios de viver.
queremos morrer quando achamos a dor insuportável.não escapo da dor.tu consegues?

Mas,não penses que não sei, a vida e a morte como as pões ,são apenas mais duas construções da mente humana. nós, humanos, organizamos o caos de uma certa forma para o tornar inteligível.o tempo é uma categoria "organizadora" humana.o "tempo de vida" e "de morte" também.
já vi animais sofrerem pela morte de entes queridos.deixarem de comer.não desejarem mais viver.quererem (no fundo)passar a esse outro estado:o do não sentir,de não saber.seja ele um tempo ou qualquer outra coisa que lhe chamemos.um término de uma certa consciência,ou uma fuga ao que sentimos/"vemos".para onde,para que outro estado de "consciência",ou não? não sabemos.talvez por isso a morte nos fascine,de certa forma.pelo total desconhecido que representa.o zero na nossa mente limitada por categorias organizadoras.
o medo desse "zero" é talvez o medo que todos temos pelo desconhecido,o medo do caos.
Ainda bem que não o tens quando escreves.és uma menina corajosa e com uma mente muito desenvolvida.muito capaz de transpor as aparências,de ver para além delas,de desafiar a ordem,de não dar nada como certo quando pensas.é isso que faz de ti alguém com uma capacidade de abstracção acima da média.és a minha filosofazinha de estimação...rs.
escreve,lê e pensa sempre.é excelente ter-te por aqui.um verdadeiro estímulo para mim.tenho orgulho de ti.já sabes...

um beijo,santos

alex