Poemas : 

Soneto a Outubro

 

Devagar qu´inda agora era Setembro
De areias tocadas de sol e vento
Desse odor a mar que ainda lembro
Vem Outubro tão calmo e ternurento

Caminha misterioso e dourado
Deixando no ar a melancolia
O seu passo envolvente e pausado
Escreve em mim mais amor, mais poesia

Doce Outubro, vindimas e colheitas
Entre os homens e Deus contas são feitas
Quem bem semeia bastante há-de colher

Em tela orvalhado de beleza
Com mil cores vai pintando a natureza
E meu peito num doce enternecer

Nita Ferreira

 
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NitaFerreira
 
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