No último vagão da última viagem; No auge da emoção, na ânsia prorrogada. Aos ecos da canção há muito não tocada, Levando a solidão rugindo na bagagem.
Partido coração, partindo rumo ao nada; Estúpida razão roendo a paisagem. Na réstia da paixão luzindo a tua imagem, Um sentimento vão, a dor indesejada.
Estranho esse amor, enfeita-se de engodo; Convida-me a dançar um tango sobre o lodo. Tufão tão furibundo em trajes de aragem.
Talvez, sem meu olhar, o mal nem seja tanto E haja mesmo ardor a florescer, no entanto, Um pé vai no vagão o outro na paragem.