Luso-Poemas
 
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- LÍNGUAS -

 

“Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para comentar injúria ou ingratidão”.


Enquanto línguas cortantes, ferinas,
Só dão notícias das vidas alheias.
Enquanto arestas, farpas pequeninas
Se enroscam em ardilosas teias,
Outras entoam constantes, divinas,
Em outros pontos, em outras aldeias
A poesia de sensatas rimas,
A melodia de maviosas colcheias.
E nessa arte, desprendidas servem,
Enquanto as lavas desse mundo fervem
Num vulcanismo de intensa fúria.
São como botes contra a correnteza
Desafiando a humana natureza,
Num oceano de ingratidão e injúria.


(republicado)


Frederico Salvo

Direitos efetivos sobre a obra.
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FredericoSalvo
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Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 29/09/2009 02:15  Atualizado: 29/09/2009 02:15
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: - LÍNGUAS -p/ FredericoSalvo
Caro poeta

Ocupe-se a mente com boas ações
que a boca se manterá fechada..

Um excelente poema

Beijinhos no coração

Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 29/09/2009 13:51  Atualizado: 29/09/2009 13:51
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: - LÍNGUAS -
Oi Fred,

A construção do poema é perfeita em tema que nunca se esgota as palavras. Penso que "As coisas que as pessoas mais querem saber nunca são da conta delas!"
beijo.

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