Anseando a noite e a seda
desejando o voo da ave
invejando o trote, o galope
neste sincero fastio
que já nada alcança,
caminho presa e livre
livre e presa
de quem já nada oferece!
A quem já nada importa!
E neste sonho tardiamente consumado
reflectem-se as sombras da noite,
sente-se o calor dos corpos,
e prova-se aquele suor de sempre...
... o líquido que saceia toda a fome e sede!
Mas já nada compra a felicidade desejada!
Já nada traduz aquele sorriso de ontem!
Já nada justifica a lágrima que escorre!
Só o toque da seda!
o prazer do tacto...
o capricho do dia...
fortalecem a alma mimada
e dão luz ao Sol e alegria aos pássaros!
cdjsp