Oiço a tua voz no silêncio...
Idealizo a tua imagem distorcida...
És meu pensamento
e dói!
Não quero!
Não quero mais este meu querer
que de tanto querer me destroi.
Insensível antes de ti;
miserável mais que nunca.
Quero-te, não nego!
Tal ácido que corrói ...
Ama-me!
Suplico ... rastejo ...
... sê para sempre meu ...
... herói ...
És vento e maresia!
Se ao menos não te soubesse;
se a vida não te trouxesse
em raminhos disfarçado ...
Ai! Saudade ingrata!
Quanto fere! Quanto mata!
E lá fora o Sol, a brisa
neste vendaval de sentimentos
amarrados a mim
deitados fora por nós.
Se ao menos ouvisses
estes gritos mudos;
o quanto sou desgraçada.
Ferida aberta!
Desespero tanto e tanto te quero!
Maldito és!
Maldito que estás longe!
cdjsp