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Portugal Social

 
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Esta é a causa para que eu me movimento,
Eu quero um Portugal bem diferente
Não quero um País governado por crise e desalento
Eu quero Justiça Social,Paz, quero Aumento,
Aumento Intelectual, Cultural, um aumento natural,
Com menos preocupação, menos estragos no total.

Portugueses, é isto que nos faz MAL!
É este Sistema governamental...
que é sustentado pelo seu povo, cabeça de ovo,
Não podes ser atrasado mental, tens que agir de novo!

Tocando neste tópico faço a confidência,
voces são o prototipo da nova existência, não é tão pura a inocencia?
isto não é imaginação, não é abstracto, é realismo, isto é a re-encarnação do absolutismo.
Portugal está a chegar ao limite,
falta activismo... São factos, não é incitação ao alarmismo, não há ninguem que grite?
temos que começar a subir, porque é este portugal que eu quero evoluir.

O sistema que faz lavagens cerebrais,
é preciso acordar, é preciso querer e saber MAIS!

Isto é a revolução lirical em pessoa, vai ser revolução no local em lisboa...
Não é plágio. é comunicação. É o meu pensamento exposto pelo coração.

Mas para a républica de portugal, não convém a verdade, o melhor é andar à toa,
nem pensar que é deslealdade.
Iludidos pelo Futebol, isso devia ser ilegal,
Isto não é uma crise económica, é um crise geral,
crise de patriotismo, caça ao imigrante... Não é reconfortante?
São problemas do mundo actual,
o mundo em que vivemos.

Agora povo, pensa comigo.. Será que vale apena viver assim?
Não é melhor ir para o luxemburgo ganhar X pilim?
é melhor respeitar o código que nos proibe de viver como merecemos?
A resposta é não.
Somos portugal, Não somos Pequenos.


Cumprimentos, The sick bastard
 
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TheSickBastard
 
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Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 03/01/2011 09:43  Atualizado: 03/01/2011 09:43
Colaborador
Usuário desde: 24/01/2010
Localidade: RS/Brasil
Mensagens: 9299
 Re: Portugal Social
Poeta
TheSickBastard!

Creio que o poeta esta certo cruzar os braços não resolve nada, tem isso sim que juntar forças para que a coisa mude.
Abraço
Carol

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/01/2011 17:28  Atualizado: 03/01/2011 17:28
 Re: Portugal Social
Caro poeta!
Sou muito sincera e por isso vou dizer-te a verdade...
Parabéns,Bravo!
Tu sabe passar para a escrita o que sente e pensa com brilhantismo!Amei!
Continue,é isso que o teu povo precisa fazer,ter coragem de dar o grito de revolta contra os políticos....

Deixo aqui o meu abraço amigo e as boas vindas a esta casa!

Enviado por Tópico
TheSickBastard
Publicado: 03/01/2011 18:26  Atualizado: 03/01/2011 18:26
Novo Membro
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Mensagens: 3
 Re: Portugal Social
Mais uma vez, Obrigado pelas palavras, pelo reconhecimento.

Cumprimentos, The Sick Bastard

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/10/2014 16:14  Atualizado: 04/10/2014 16:14
 Re: Portugal Social
nunca foi e jamais pequeno

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/06/2020 11:17  Atualizado: 10/06/2020 11:17
 Re: Portugal Social
Mensagem - Mar Português

MAR PORTUGUÊS

Possessio Maris

I. O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

II. Horizonte

Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
’Splendia sobre as naus da iniciação.

Linha severa da longínqua costa —
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.

O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp’rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte —
Os beijos merecidos da Verdade.

III. Padrão

O esforço é grande e o homem é pequeno
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.

A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.

E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.

E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.

IV. O mostrengo

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse, “Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?”
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»

“De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?”
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»

Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»

V. Epitáfio de Bartolomeu Dias

Jaz aqui, na pequena praia extrema,
O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro,
O mar é o mesmo: já ninguém o tema!
Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro.

VI. Os Colombos

Outros haverão de ter
O que houvermos de perder.
Outros poderão achar
O que, no nosso encontrar,
Foi achado, ou não achado,
Segundo o destino dado.

Mas o que a eles não toca
É a Magia que evoca
O Longe e faz dele história.
E por isso a sua glória
É justa auréola dada
Por uma luz emprestada.

VII. Ocidente

Com duas mãos — o Acto e o Destino —
Desvendámos. No mesmo gesto, ao céu
Uma ergue o fecho trémulo e divino
E a outra afasta o véu.

Fosse a hora que haver ou a que havia
A mão que ao Ocidente o véu rasgou,
Foi a alma a Ciência e corpo a Ousadia
Da mão que desvendou.

Fosse Acaso, ou Vontade, ou Temporal
A mão que ergueu o facho que luziu,
Foi Deus a alma e o corpo Portugal
Da mão que o conduziu.

VIII. Fernão de Magalhães

No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.

De quem é a dança que a noite aterra?
São os Titãs, os filhos da Terra,
Que dançam da morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto —
Cingi-lo, dos homens, o primeiro —,
Na praia ao longe por fim sepulto.

Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.

Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.

IX. Ascensão de Vasco da Gama

Os Deuses da tormenta e os gigantes da terra
Suspendem de repente o ódio da sua guerra
E pasmam. Pelo vale onde se ascende aos céus
Surge um silêncio, e vai, da névoa ondeando os véus,
Primeiro um movimento e depois um assombro.
Ladeiam-no, ao durar, os medos, ombro a ombro,
E ao longe o rastro ruge em nuvens e clarões.

Em baixo, onde a terra é, o pastor gela, e a flauta
Cai-lhe, e em êxtase vê, à luz de mil trovões,
O céu abrir o abismo à alma do Argonauta.

X. Mar Português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

XI. A Última Nau

Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago
Erma, e entre choros de ânsia e de pressago
Mistério.

Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projecta-o, sonho escuro
E breve.

Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou ’spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.

Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.

XII. Prece

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia —
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância —
Do mar ou outra, mas que seja nossa!

Texto Integral da obra «Mensagem» de Fernando Pessoa - Mar Português - Segunda de Três Partes da obra