Desalojar-me do conforto, 
desencaixar e fazer rolar as pedras 
livrando-as do lodo, 
colocar tudo em movimento, de novo... 
Eita gostinho besta, esse, meu Deus! 
Fazer a vida triunfar a cada instante 
por uma vontade assim tão movente 
subverter a estabilidade decadente 
desdenhar da morte que tudo paralisa 
enojado do igual, vomitar o morno, 
jogar-se no ártico ou nos trópicos 
pois nos extremos o que queima 
renova a natureza em estado permanente.
Refazer-se no fogo; 
dissolver todo espírito indolente. 
Eis-me aqui senhor, espírito inquietado,
superando o cansaço, 
fazendo-me outro novamente! 
"Que a água volte à água, 
que o fogo arda, 
que o ar circule, 
que a terra caia sobre a terra, 
pela virtude do pentagrama 
que é a estrela matutina 
Em nome do tetragrama, 
que está escrito 
no centro da cruz de luz." 
Amém!