Poemas : 

Vida acústica

 
As mudanças são constantes e eu já não consigo correr,
Ver-me impotente enquanto ela foge.
Entreguei-me a ela, segurou-me, estendeu-me todos os membros
Sem, não quis ver, parar de fugir… Agora vejo-a.

Toda ela é acompanhada por um musical de graves e agudos.
Um movimento giratório que me deixa tonto sem ter tempo para isso,
Parece a doença que chegou… Os vómitos e a vontade!
Quando já não me vi, ela era a sombra – corri mais que ela?

Nada pode ser bom outra vez.
Esgotou-se, como se todo o sangue que passa pelo coração
Fosse veneno para o corpo…Ele, que sou eu, e ela morreram.
Somos, são, tão indissociáveis que se um vai, o outro…

Um novo ciclo parece chegar: bom e mau. Deixo as que conheci.
A memória é grande mas ela não é mesma… não quero ficar sem elas!
Vejo novas a chegar: serão tão brilhantes? Estrelas de outro céu?
Ó minhas estrelas não fujam de mim, apenas deixem de me ver e sou memória.

A sala espalha o som do mundo… Que gracioso, que incapaz!
Tapo o que ouve sem ver que o som é agora algo.
Toquei-lhe! Sinto-me arrepiado por tudo, emoções tão grandes!
Agora! Apanhei-te e vamos!

 
Autor
FellipeMesgo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/04/2011 13:19  Atualizado: 29/04/2011 13:19
 Re: Vida acústica
Divido Poeta, aprecio ler-te.. beijos Nanaaa