Na minha nave verde jade, a corisca,
faço grande viagem interplanetária
até encontrar uma gata muito arisca
e a ela me atiro e tiro a indumentária...
Tão sedenta estou de uma loucura,
que não importo se é arisca ou não
quem me trará logo tanta fratura
e fará as entranhas entrarem em erupção...
E pelos vidros da nave vemos a lua
tão marota a nos piscar o olhinho
e a chuva de estrelas na noite nua
bailando no céu o seu corrridinho...
Ah, como é bom estar longe da terra
na mais pura abstração e brincadeira,
e do céu ver as belezas que encerra
e sonhar com o perfume da roseira!
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