Olhe! Ali vai o vaidoso poeta,
que passa horas sombrias no café,
em conversa afiada nas rimas, nos contos
e nos rascunhos de fantásticas poesias
Fala dos amores perdidos, mulheres belas
algumas foram a sua paixão avassaladora,
outras apenas restos do belo fogo de amor,
sempre deliciando-nos nas suas fantasias
As vezes, ele se afoga na garrafa, bebendo
tentando esquecer a quem já tanto amou,
mergulhado no amor de verdadeiro, sofrendo
do que se partiu, embora para o colo de outrem.
Vai para casa sempre sozinho, triste, chutando
olhando a rua de olhos esbugalhados, inchados
viaja direto na sua solidão e na eterna saudade,
dos tempos que outrora ocuparam a felicidade.
Chorando de tristeza, cambaleando, abandonado
ele alimenta sua alma nas recordações, do passado
Que registra nas folhas velhas e bastante amarrotadas,
escrevendo sem dó e nem ter nenhuma piedade,
libertando o que a sua alma ainda tanto sente.
Letra nervosa, sem igualdade, fugitiva, marcada
transmitindo nela toda a ansiedade, todo o amor
do aquele nobre coração que fora tão magoado,
pelo amor atraiçoado, desfeito nos seus sonhos..
Poeta que escreves sem temor, sem pedir nada
deixas em lindos textos, a tua vida, tens sentimentos
mostras ao mundo o teu clamor, tua nobreza de alma
que ninguém te dará o devido valor e nem reconhecimento.....
Betimartins
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