Luso-Poemas
 
Poemas : 

Maré negra que me invade

 
Em que negra água
Me terei banhado,
Porque obscuro feitiço
Terei sido tocado,
Nestas terras do sol nascente?
Que águas tão negras e pútridas
Me inundam e me escondem,
Me sacodem e me arrastam
Por estas ruas feitas rios,
Por entre carcaças
Por entre detritos,
Perdendo o sentido das formas,
E as formas dos sentidos?
São só negras águas,
Dos copos vertidos,
Nas ruas desertas
Onde o meu desejo de morte
É sempre maior que o teu,
E onde um corpo de sombras se esconde
Do tempo que nunca existiu…

 
Autor
lip
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
1055
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
4 pontos
4
0
0
Recentes
Vida/Destruição
Presente
Nestas palavras
desobediente
Pássaro perdido
Aleatórios
Maré negra que me invade
inconstante...
TU
Pássaro perdido
Vida/Destruição
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 29/07/2011 02:36  Atualizado: 29/07/2011 02:36
Membro de honra
Usuário desde: 02/01/2011
Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
 Re: Maré negra que me invade
"por estas ruas feitas rios"..."do tempo que nunca existiu"..."onde o meu desejo de morte/é sempre maior"..."águas...negras.../me inundam.../...me arrastam"

Gostei bastante

Abraço te


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/07/2011 17:15  Atualizado: 29/07/2011 17:15
 Re: Maré negra que me invade
QUANTA MARAVILHA DEIXO MEU ABRAÇO

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre