Pássaro perdido,
Sem destino e sem crença,
Por entre o sangue varrido
Desta infinita matança...
Encontras e desencontras
E nunca perdes a esperança,
Foges de mim e de ti
Como uma prova de força...
Podes fugir, podes te esconder
Mas não podes evitar
Essa força de viver...
Esqueces que o tempo
Eterno como o vento
Te obriga a existir
Para depois te matar?
Rasgas os céus
Com gritos de poder
Rezas a Deus nenhum
Quando não sabes o que fazer...
Pássaro perdido
Que rasgas os céus
Que esqueces o tempo
Que foges e te escondes
Que encontras e desencontras
Sem nunca perder a esperança
De um dia
Poder simplesmente viver...