Sonetos : 

CONTO DA DOCE INÊS

 
Tags:  amor  
 
Era uma vez, Inês, que foi rainha;
de Castela, veio ela - a doce Inês,
e com ela a Constança que já vinha
prometida ao Pedro Português.

Envoltos, Pedro e Inês num entremez,
Pedro não fez, talvez, o que convinha...
meteu-se num triângulo e duma vez...
desfez o compromisso que já tinha.

Difícil foi conter amor tão forte...
Que Inês era tâo linda como as flores.
Amor ultrapassou penas e dores...

Pode, até, resistir à própria morte...
Inês morreu de, amores p'lo seu consorte,
sem sorte... que a doce Inês morreu d'amores!...

Matos Serra
http://liricablogonautica.blogspot.com/

Os amores de Pedro I, de Portugal, e de Inês de Castro, têm sido, na poesia, um tema recorrente da maior parte dos poetas, na Literatura Portuguesa, porque não, eu, assumir também o direito de tratar o tema, na minha poesia? A minha poesia é como é e as outras, as dos outros poetas, são como são...
Sendo que afinal o Pedro foi um pingamor, que, para além. eventualmente, doutros amores esporádicos, amou Constança, Inês e Teresa e delas teve filhos, eu poderia tratar o tema em termos de retângulo amoroso, mas deixo isso para mais tarde e vou, por agora, envolver apenas, no "SONETO" que se segue, o Pedro, a Inês e a Constança e tratá-lo na triangular figura geométrica. A memória de Teresa, tão linda também, ao que dizem os incunábulos, que me perdoe um pouco por agora.
 
Autor
mserra
Autor
 
Texto
Data
Leituras
817
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 07/08/2011 14:01  Atualizado: 07/08/2011 14:01
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: CONTO DA DOCE INÊS
Bom dia Matos, seus versos narram uma cena em que o amor mata ao invés de vigorar ao amante, coisa deste malfadado amor carnal, parabens pelo seu contundente soneto, MJ.