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SEM RUMO

 
SEM RUMO
 
SEM RUMO
(Jairo Nunes Bezerra)
Preciso escrever. Transmitir o que se passa à minha volta.
Não vou falar do Jones, meu cavalo preto, nem das notas
do meu violão. O assunto é faltante. Podia concentrar-me
nas estrelas que piscam no firmamento semi-azulado ou
no verdor da mata próxima ou até mesmo do pequeno
riacho que circunda essa ampla fazenda que abriga apenas
oitenta cabeças de vacum. Com a compra, por preço
elevado, tenho que me contentar inicialmente com um
pequeno rebanho. Não nasci para ser fazendeiro, razão por
que deixo a fazenda aos cuidados de terceiros. E podia
até dizer, nunca comi um queijo dos fabricados aqui. Agora
o leite quente diretamente das tetas das vacas, vem diretamente
para minha boca. È gostoso, pois a alimentação dos animais
é feita sob orientação técnica dos veterinários, de quem é
a responsabilidade de vaciná-los. Uma coisa aqui funciona e
muito bem: É a adega com suas quatrocentas garrafas de
bons vinhos, conservados à temperatura ideal. Não dispenso
uma boa rede no alpendre. Foram colocados mais de dez
armadores e aumentado o estoque de redes. A casa principal
da fazenda, antes branca, se encontra com exuberante cor
escolhida pelo arquiteto Isaias, que veio de Brasília com.
tal missão. E nada me cobrou. Mas consumiu muitos
vinhos, os melhores. Mas valeu. A fazenda está digna de
um visconde. Espere, ia escrever algo e me perdi com a
explanação da fazenda. E pra que? Se não vou vendê-la!
Bom. Ainda tenho um Note Book emprestado por um dia. E vou
aproveitá-lo o máximo. Até breve!

 
Autor
Jairo Nunes Bezerra
 
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