Vem sorriso...
Vem ajuntar-se ao regato de lágrimas,
Que fazem de meu rosto o seu leito...
Jazigo perpétuo de minha infelicidade.
Vem sorriso...
Vem matar a saudade, sufrágio em minha alma.
Nas turbes lembranças que agrilhoa a mente...
Esquecendo vida lançando-se a sorte.
Vem sorriso...
Invada meu corpo com a fragrância dela.
Tornando meu martírio um rio profundo,
Onde o amor floresce, em absoluto silencio.
Vem madrugada...
Roubar o beijo sereno da mulher amada...
Assim como na lírica epopéia do sonho de Orfeu
Resgata-me a vida no canto de meu rouxinol.
Vem sorriso... Vem!
BARONETO