Luso-Poemas
 
Poemas : 

A pandemia do bocejo

 
Tenho sono, abro a boca;
Acho que lhe chamam bocejo,
é um irresistível desejo
de força impressionante, louca!

Se me olharem, isso provoca
por transmissão de pensamento, prevejo,
um claro e semelhante ensejo,
na alma de quem me foca.

Acho que esta estranha doença
já se tornou uma pandemia…
tenho forte em mim essa crença.

Só morreu um senhor que conduzia
cansado ao volante na estrada suspensa,
em qualquer hora, num qualquer dia.




Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
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Rogério Beça
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/10/2011 20:58  Atualizado: 25/10/2011 20:58
 Re: A pandemia do bocejo - Para Rogério
Gostei muito desse aqui e é pena que pouca gente o tenha lido...

Muito bom, vou lê-lo mais vezes

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 19/08/2020 20:49  Atualizado: 19/08/2020 20:49
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: A pandemia do bocejo
Boa tarde Rogério Beça , parabéns pelos vossos irreverentes versos enredando esta particularidade nada comum, do vosso personagem, um abraço, MJ.

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