Meu mundinho, todo cercado, com grades
altas nos muros.
Lá dentro, pouco sol aquecia, pouca luz
difundia.
Na obscuridade da minha vida, apenas
vivia, porém, sem realmente viver.
Na penumbra do meu quarto,
eu pensava em você.
As janelas fechadas, onde jamais entrava
o frescor de uma brisa.
Imaginava, o dia em que o raiar do dia,
me aqueceria, e me faria viver.
O carteiro trouxe um telegrama
dizendo:
- Meu amor, nossa hora chegou!
Hoje, as quinze horas, me espere,
à porta.
Então, quando menos esperei,
um fenômeno lindo que a natureza
me presenteou.
Abri as janelas, assim que o dia raiou.
Olhei ao horizonte, e me deslumbrei...
era uma cena, de raro esplendor.
As luzes brilhavam, com infinidades de cor.
As luzes bailavam, na atmosfera, mostravam
uma beleza com todo fulgor.
Durou tão pouco tempo, tão pouco tempo durou.
Esse lindo alvorecer.
Foi assim que me senti, quando seu telegrama chegou.
Vieste para anunciar, que minha vida mudou.
Agora meus dias serão, uma explosão.
a cada alvorecer.
És minha Aurora Boreal,
que, em minha vida chegou.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)