Nunca menos amor

O amor de uma vida pode ficar concentrado a um instante, resumir-se numa troca de olhares, numa nuance, num roçagar. Algo intangível que perdura na memória, sendo fogo-fátuo encontra sempre matéria de combustão para perdurar na memória de pelo menos um.
O amor impossível nunca acaba, dura para sempre. Na impossibilidade de acontecer resigna-se a ser e isso confere-lhe a imortalidade e a diferença a todos os outros sentimentos. Ao contrário de um amor clássico que para acontecer dois têm que querer, este para ser pode existir, só, no sonho de um. Não será nunca menos amor…