Poemas : 

Girândola de dias de lua cheia

 
Sei da forma de ser,
sei ser a forma do dia desvanecido,
gasto perante o zumbido dos dias que lhe feneceram.
Sei da noite que me inspira,
os mantos de negro rasgados de lua cheia,
na forma balanceada de um equilíbrio perene.
Não sei ser dia,
nem noite
mas sei-lhe as formas roliças hoje,
ou vetustas ontem.
Nunca sei da forma do que vem,
sei do que sinto.
Porque só sinto nunca sou.

Talvez um vácuo em ciranda
rodando sobre si próprio,
girandola invertida de mim mesmo.
Sei-lhe a forma
que desenho na ponta dos dedos,
assim no ar…
no mesmo vácuo de que me componho.

 
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jaber
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