[… satura-me o sonambulismo com que a noite se veste

satura-me o sonambulismo com que a noite se veste
e mesmo que se disfarçe no canto de uma sereia,

mantem-me o olhar distante, não me afaga de mar,

e no olhar distante que se mantem, o mar sente-se distante, aquele que um dia me molhou o corpo, e que entrou neste meu ser.

Poeta Amigo agradeço-te as palavras, o comentário, o olhar, o excelente. Obrigado.

Abraço-te

e tudo acontece sem inicio, repentinamente
sem cor, sem tempo delimitado.

Desilumina-se o céu, e o cheiro da terra

da tristeza que se quer como uma partida de nós, resta a revolta de o tempo ser curto, irrepetível, e mesmo que a noite afogue os pesadelos, o regresso será sempre outro.

Poetisa que admiro, agradeço-te as palavras, o comentário, o olhar, por gostar. Obrigado.

Abraço-te

Dá-me a chave da porta por onde a noite entrou,
desferrolha-a mesmo,

racha-a de vez, relembra-me como é
a luz do dia em sol,

como responder ao teu comentário Poeta, que vai mais além que as palavras que inscreveste?
Respondo-te em agradecimento, no meu obrigado sincero, e deixo-te um poema de Sophia De Mello Breyner Andresen que me tem acompanhado, e que revisito muitas vezes:
"Pirata"
"Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
...
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o mastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo"

Obrigado.

Abraço-te

Querida Poetisa Jessica:

Queimam-se as imagens de tantas as miragens nenhures,
nas recusas a este crepúsculo, regurgito da luz frouxa,

impludo-me então,

o navegar será sempre necessário (para mim será sempre fundamental), como fuga, reencontro, descoberta, mesmo que todas as imagens se queimem numa pira que os deuses apaguem.

Poetisa, agradeço-te o comentário, as palavras, o olhar. Obrigado.

Abraço-te

Desilumina-se o céu, e o cheiro da terra
é moldado pelas mãos no barro, mãos sem sina,
sem ternura, mãos de pedra,

e a terra é moldada pelas rudes mãos que um dia remaram sem destino, mas a terra é mãe, é a ela que um dia regressaremos, mesmo a que está inundada de mar.

Poeta, agradeço-te o comentário, as palavras, por gostar. Obrigado.

Abraço-te

Dá-me a chave da porta por onde a noite entrou,
desferrolha-a mesmo,

racha-a de vez,

sim, liberta a noite, deixa-a voar encontrando os pirilampos, encontrando as ténues estrelas que se posicionam lá longe, abre a porta de par em par, liberta-a.

Poetisa que admiro, agradeço-te o olhar, as palavras, essa alma, o voo em felicidade. Obrigado.

Abraço-te

relembra-me como é
a luz do dia em sol,

e, enquanto o céu azul se inunda de mar em cor,
repara nas núvens, velas enfunadas,
soltas,

vogando sem pressa, sem pressas,

e sem presas que atrapalhem o olhar, e repara nos pormenores que agitam o vento, que se entrelaçam mar afora até ilhas distantes, vogo sem pressas, sem pressas.

Poetisa, agradeço-te as palavras, o olhar, a alma, o "lindo demais". Obrigado.

Abraço-te