Poemas : 

Ruas de ara órfãs de “madona” Lizaldo Vieira

 
Ruas de ara órfãs de “madona” _Lizaldo Vieira
Aracaju órfã
Do sal de Gení
Da gostosa presepada
Das peripécias desconectadas
Da era madona de ara
Eis uma madona tupiniquim
Esse nome fez estória por aqui
Misturando ar de cantora
Atriz
E mesmo pabulagem de meretriz
Famosa sem nenhuma interpretação dos sucessos
Cantando musicas da pop star americana
Like a virgin
Like a prayer
Say Goodbye
Beautiful stranger
American Pie
Frozen
Crazy for you
Music
Don't cry for me Argentina
Don't tell me
What it feels like for a girl?
Fonte(s):
yo misma
A orfandade de ara
Por falta do canto rouco
Quase louco
E solto
Prenda a Tadeu
Severina chic-chic
Os becos dos cocos
A rua da frente
A José do prado franco
O tales Ferraz
O mercado das verduras
O calçadão da João pessoa
O balé da rua está órfão
O palco da rua está órfã
De Guerreiros Revolucionários
Um canto do Brasil
Viver Aracaju
Aracaju
Dentando e rolando
Grgalhadas
Fantasia e molecagem
Dos jeitos e trejeitos madonados
Da valente
Bagunceira
BIscateira
Irreverente
O doido de pedra
Pra figir
Ou fingir ignorar
Esse templo de preconceitos velados
Modena de ara
Daida divana
Ora bailarina
Cantora de boteco
Vilã raivosa
Madona dos pobres
O moleque travesso
A criança deformada
Pelas pedradas
Dos becos
Madona cuspida nas ruas
Reflexos da esquizofrênica
Sociedade de consumo
Quem sabe
Mais um Arthur Bispo
Um Macunaíma
Riscados do mapa
Retrato falado em preto a branco
De uma determinada sociedade
Nem pelo menos um adeus
Nos deixou
Acho que ainda ouço o zumbido
Uma canção mal bolada
Um grito desvairado de Madonna Aracaju.
"Madona da Rosa"
Do vestido longo
Da calsa apertada
Madona do rebolado das ruas
Fora executada diversa vezes
Por um sistema brutals
Pisoteada em diversos momentos
Em seu Santuário mundano
Pois eras feita pra chamar atenção
Pedra por pedra
Deu a resposta na mesma meoda
Nunca levou desafora
Pra casa
De outras madonas
As madonas doidas
As feia
Capitães da Areia
Estão orfãs
Querendo brincar no carrossel de Tobias
Muitas nadonas
Homem
Menino
Velho
Queria ser madona de ara
Pra poder cantar
Viver
A Atriz
A pedinte
A prostituta
A amada
A odiada
Dos becos
Das praças
Das ruas de ara menina órfã
Deixou a vida sem viver
O forró sem dançar chen´nhen-nhen
A rua aqui ficou órfã
Cheia de vazio
Sem a despida arretada
Escrachada
Por tudo e por todos
Olhada
Ignorada
Mal amada
Desprezada
Porem nada ficava sem resposta
Ela era atrevida
Raivosa
Valente
De repente aprendeu
Que também era gente
Nesse mundo cão
Quem sabe recordando
A gente até tenha gostado dwe amdona in aju
É só ser capaz de soltar a loucura
Cuspir na Gení
Dar o show de barraco
Ao simples olhar sem critério de proposito
Na doce louca modonense
Resta esperar o próximo carnaval
De rua no galo do Augusto Franco
Pra ver o que os artistas de faz de conta são Mesmo assim
Hora rir
Hora chora
Hora chinga
Hora canta
Arma barraco
Vive o palhaço
Toca fogo no circo
Mora no barraco
Dança samba e taieira
No morro
Come e dorme debaixo da ponte
Toma pinga
Fuma tabaco
Fala boubagens
Ri de si próprio
Gasta a sola do sapato
Dançando no forró caju
E se pinta o ano inteiro
Pra distrair as fantasias
As frustrações
E desilusão
Pouco assistidas




Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
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Lizaaldo
 
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