Prosas Poéticas : 

estava a ler uns comentários a textos anteriores e foi o que surgiu.

 
(a todos aqueles que me leram, comentaram e que acreditaram em mim. Aos lusos que o fizeram, o meu obrigado.)

E
se eu alguma vez perdi a fé em mim mesmo, foi porque me vi ao espelho. E se me vi ao espelho foi porque duvidei de ser capaz, e tive de voltar a olhar para mim para me definir e talvez acreditar em quem sou. Mas hoje a luz não acende e eu já não tenho espelho na força de o partir, na esperança que me moldasse noutra imagem, que mostrasse outra coisa que não eu... Hoje estou perdido e ando ao remo de um barco perdido nas memórias que eu já passei e que não voltarei a viver. E é normal que eu (aos 22 anos) me sinta perdido, a quem dei quem fui, não me devolveu a mim próprio. A quem dei meus sonhos, não me devolveu a garrafa de whisky que me impede de estar sóbrio. Desculpa meu amor se te decepcionei... Se te deixei de procurar fora de mim. Se deixei de acreditar na força que é caminhar sobre meu pé, e na força que é caminhar sobre a esperança de uma ambição. Hoje quero à minha frente uma folha em branco. Hoje quero acreditar que o branco significa esperança e que eu quero preencher esse branco da folha. Não com escuridão, mas com projectos, ideias, ambições e coisas reais que não a esperança. Voarei alto hoje, porque o baixo de ontem já passou e amanhã só chega amanhã. A quem deixei esquecido, um obrigado por acreditarem quando eu mesmo não acreditei. Voarei alto. Mais alto do que os homens. Porque eu hoje não vou dormir de sonhos e esperanças, vou dormir de projectos e destinos.
E um deles é ser maior do que os homens...
 
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Blackbird
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