Saíste no mar a navegar no teu batel no cimo das ondas alterosas...
Não vás ao mar não vás que as águas são de fel e as marés com ondas a cantar são tão medonhas traiçoeiras maldosas...
Não vás ao mar não vás senta-te aqui ao pé de mim na praia... Deixa que venha o Sol que enxugue a minha saia pois o farol na noite/tempestade já não é luz já não serve de guia e as sereias perdidas nos sargaços só nos cantam canções de morte e de cansaços de vento e de saudade...
Não vás ao mar não vás... Estende as tuas redes nos rochedos aceita sonhos desencantos e medos e espera a bonança que te dará esperança.
Não vás ao mar que essa viagem pode não ter fim perde-se toda nas nuvens dos Céus embrulhada em cetim ao encontro de Deus. Maria Helena Amaro Inédito, novembro de 2009.
Realmente foi um lapso de escrita da autora. Existe a palavra vatel, mas designa em sentido figurado o singular masculino «cozinheiro». A palavra que se pretende pelo sentido do poema é batel - pequeno barco ou embarcação. Boas leituras. Um abraço.