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POETA MENOR

 
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POETA MENOR


Sinto-me vão, poesia:
A cada mergulho que dou em ti
Não consigo ir além do que a tua plataforma continental delimita.


Não consigo transcender ás tuas barreiras óbvias e cristalinas,
Nem mesmo ao criar-te miríade de oásis:
Sim, por isso, me perco nas monções truculentas da vacuidade.


Queria ir ás tuas profundezas
Para pescar tesouros do pensamento;
E assim desvendar o etereamente sublime mistério da consciência.
Mas, contrariamente, me debato em teu mar de visíveis rochedos
(apenas)


Uma vez que não consiga te penetrar, outra vez,
Me sentirei baldio:uma vez mais não lançarei luz ao incognocível.
Uma vez que não consiga romper tuas fronteiras novamente
Engolfar-me-ei na infinitude do vazio-oceano do egoísmo
(em mim soberanamente afluente)


barbosia@zipmail.com.br

 
Autor
jessé barbosa de oli
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/12/2007 15:03  Atualizado: 06/12/2007 15:03
 Re: POETA MENOR
Que alucinação e prazer tive em ler este poema.
Adorei!