Sonetos : 

Rende-te ao amor

 
Tags:  amor    alma    beleza  
 
Open in new window


Os raios de sol iluminam-te, dançando em teu redor
Tua face irradia uma beleza que invejaria os deuses
Todo o céu faz uma vénia e se arrasta a teus pés
Acariciando-te o rosto com subtileza e ternura

Sentas-te no teu púlpito de mar
Onde as ondas amansam banhando teus pés
Teus cantos de sereia nutrem as almas
Sedentas de amor, adormecendo … saciadas!

O próprio vento rende-se a ti
Sussurra-te ao ouvido palavras doces
Acariciando-te a alma com a sua brisa!

Apesar de venerada pelos elementos sentes tristeza
Sentes falta do amor (puro, verdadeiro e arrasador)
Rende-te a ele. Ali sentir-te-ás completa … e desejada!

João Salvador - 26/12/2012


João Salvador


 
Autor
Salvador
Autor
 
Texto
Data
Leituras
2120
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
19 pontos
11
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 12/02/2013 02:28  Atualizado: 12/02/2013 02:28
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Rende-te ao amor
Poeta Salvador
Lindo poema! Adorei a leitura!
Favoritei! Beijos!
Janna

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/02/2013 09:40  Atualizado: 12/02/2013 09:40
 Re: Rende-te ao amor
Um poema que traduz a essência de uma paixão, belíssimo

martisns

Enviado por Tópico
gadanha
Publicado: 12/02/2013 14:28  Atualizado: 12/02/2013 14:28
Da casa!
Usuário desde: 13/12/2012
Localidade: nesta seara
Mensagens: 393
 Re: Rende-te ao amor
a sério, salvador? as pessoas gostam disto? que bom.

eu não gostei. achei corriqueiro, sem chama, sem trabalho de composição, escreveste-o no balanço e olhaste para ele a pensar: "é isto que aquele pessoal quer ler!". se calhar tens razão... é mesmo isto que a maioria quer... infelizmente.

Enviado por Tópico
ArysGaiovani
Publicado: 12/02/2013 15:09  Atualizado: 12/02/2013 15:09
Usuário desde: 03/03/2012
Localidade:
Mensagens: 117
 Re: Rende-te ao amor
Gadanha,

Como pode você não gostar de um poema de amor?



Enviado por Tópico
Caio
Publicado: 12/02/2013 15:57  Atualizado: 12/02/2013 15:57
Membro de honra
Usuário desde: 28/09/2011
Localidade: Olinda, Pernambuco
Mensagens: 898
 Re: Rende-te ao amor
verdade seja dita, um poema de amor não requer firula.
isto é um poema cheio de floreios. não fala amor
nem fala amar. nem invoca a idéia de amor,
por mais que fale a palavra amor.


"Os raios de sol iluminam-te, dançando em teu redor
Tua face irradia uma beleza que invejaria os deuses
Todo o céu faz uma vénia e se arrasta a teus pés
Acariciando-te o rosto com subtileza e ternura"

iluminam-te, teu redor, tua face, teus pés,
acariciando-te. a estrofe inteira força a idéia
de que se está falando de uma outra pessoa.
isso não é necessário e empobrece a escrita,
quando tal ferramenta não é bem utilizada.

outra coisa é a insistência em luz:
raios de sol, iluminam-te, irradia.
uma só palavra bem colocada daria
a idéia de luz sem tocar em luz.
sombra, por exemplo, lembra luz.

em resumo, toda a estrofe é forçação de barra,
que empurra para o leitor a idéia da beleza
de uma maneira visível, superficial até.


"Sentas-te no teu púlpito de mar
Onde as ondas amansam banhando teus pés
Teus cantos de sereia nutrem as almas
Sedentas de amor, adormecendo … saciadas!"

repete-se aqui o "tu, tu, tu".
os dois primeiros versos são completamente
desnecessários tendo em conta a imagem usada:
seria preciso optar. ou imagem ou versos.

esse negócio de


"teus cantos de sereia nutrem as almas
sedentas de amor, adormecendo... saciadas!"

vê só: os cantos dela, comparados aos de sereia,
nutrem, alimentam, as almas sedentas de amor...
adormecendo saciadas. não diz coisa com coisa,
na minha opinião. parece mesmo simples floreio,
não dá pra imaginar uma alma sedenta de amor
se saciando de um canto e indo dormir depois.
mas tá, temos aí a metáfora e tal e coisa.
ainda assim, não ficou lírico. o lirismo
é aquela coisa que a gente só vê que tá lá
depois que lê e a coisa toda surge na mente,
não é essa coisa escancarada. isso é floreio.



"O próprio vento rende-se a ti
Sussurra-te ao ouvido palavras doces
Acariciando-te a alma com a sua brisa!"

de novo o "tu, tu, tu", já desnecessário,
com outros anexos sem utilidade, como
"palavras doces", "com a sua brisa".


"Apesar de venerada pelos elementos sentes tristeza
Sentes falta do amor (puro, verdadeiro e arrasador)
Rende-te a ele. Ali sentir-te-ás completa … e desejada!""

agora vamos ao anfan. ela, apesar da beleza e da adoração,
fica triste por sentir falta de amor - com três adjetivos.
o eu-lírico então dá um conselho: vai, rende-te ao amor!
serás... e põe mais dois adjetivos.

meu melhor conselho ao autor é que leia mais,
busque dar mais valor às palavras que utiliza,
não as desperdice. tente dar mais significado
em menos espaço. isso torna o poema mais livre,
mais sentido, mais real. procure inovar, criar.

meu conselho de leitura é o josé correia

http://naoseamacomamoor.wordpress.com/



ou o pablo neruda.

um em ascensão e um clássico. dois poetas do amor.

abraços




Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/02/2013 15:44  Atualizado: 14/02/2013 15:44
 Re: Rende-te ao amor
Boa tarde Salvador.
Que poema de pura rendição ao amor.
Não falta nada para essa dignidade amorosa, tenha todo o espaço do mundo para assim se espalhar.
Magnífico.

Um grande abraço,


Frank_Mike