MUDANÇAS SEM MUDANÇAS
(Jairo Nunes Bezerra)
Mais um dia e segue-se a mesma rotina.
São entardeceres e anoiteceres iguais...
Até das águas das chuvas que caem de cima,
Os ritmos são sucessivos e desiguais!
E penitenciado fico no meu apartamento,
Desejoso de mudança repentina...
A escuridão vagueia eliminando entretenimento,
Bafejada ainda por águas lá de cima!
E a tristeza circula no meu espaço ampliado,
Em seu efeito me enquadro,
Que é enfrentar a solidão!
Concentro-me nos nossos afagos de outrora,
Quando os nossos aconchegos duravam horas,
Com o solavanco presente de meu coração!