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Pagão

 
Pagão

Livro-me dos meus pecados cometendo outros
Novos, picantes e furtivamente lascivos
Sinceros, profundos e deliciosamente proibidos

Livro-me dos meus pecados falando de amor
Sendo condenado pelos olhares que nada me dizem
A não ser que são infelizes e por isso julgam demais

Livro-me dos meus pecados profanando a dureza da razão
Contestando-a diante de sentimentos que desestruturam
Qualquer lei ou idéia aceita como verdade universal

Livro-me dos meus pecados sem fazer esforços
E tomo como minhas as palavras do poeta que afirmava
Não conhecer pecados, apenas prazeres

Bernardo Almeida ( Livro Crimes Noturnos – 2006/www.bernardoalmeida.jor.br)

 
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BernardoAlmeida
 
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Enviado por Tópico
Junior A.
Publicado: 29/11/2006 10:59  Atualizado: 29/11/2006 11:21
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 Re: Pagão
Creio ser assim. Nos é invejada essa capacidade de fazer aquilo que sentimos fazer, até quando a escrever, tens total liberdade em dizer, se expressar, pois fora um achado o teu pecar. Porém de certo que duvidei ao final deste então recado após os teus dizeres. Não seria: Não conheço pecados, apenas prazeres.?

Mui bueno poeta.