Luso-Poemas
 
Poemas : 

Tradescância

 

Tradescância

Despontando em qualquer sebe
Folhas verdes na paleta,
Flores do grupo da plebe,
Sendo isenta de fragrância
Inunda toda a valeta,
Branca, pura, a tradescância.

Não tendo a primazia
De ser chamada a enfeitar
Os jardins para companhia
De quem a fosse velar,
Nas veredas desta vida
À tristeza deu luzida.

Porte floral delicado
Dado pela mãe natureza
Faz assim com que se enleve
O ar etéreo imaculado
Que a sua rara beleza
Prolonga na vida breve.

Na vida tudo fenece
Mesmo em palcos escolhidos,
Nos seres que vivem à margem
Há algo que permanece
Pois mesmo estando escondidos
Existe para lá da imagem,
Nas malhas que a vida tece
Uma suprema função
Fim de toda a criação.

Juvenal Nunes

 
Autor
Juvenal Nunes
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
1473
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
10 pontos
2
0
1
Recentes
Natal de Jesus
Sonho de Verão
Caminhada
Desejo
A Máscara
Aleatórios
Mar Azul
Ósculo
Estrela de Natal
Aquietação
Esperança Renovada
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 11/08/2013 10:02  Atualizado: 13/08/2013 14:47
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: Tradescância
Gostei muito, lindo o seu poema.

A flor é sempre bela
mesmo que escondida aos olhos,
sempre hà quem a encontre
mesmo que tenha uns abrolhos.
Mesmo criadas em estufas
As rosas também teem picos
e que eu saiba pelas silvas
apanha-nas, pobres e ricos.

Abraço. Vólena

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/08/2013 20:10  Atualizado: 18/08/2013 20:10
 Re: Tradescância
excelente..
Boa noite,Isabel.

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre